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O prêmio Nobel de Economia, mais importante reconhecimento científico do setor, premiou um trio de pesquisadores por um estudo sobre as instituições e como elas afetam a prosperidade das
nações. O turco-americano, Daron Acemoglu, e britânico-americanos, Simon Johnson e James A. Robinson, receberam a honraria nesta segunda-feira (24), durante o encerramento da edição 2024.
Pesquisadores levam Prêmio Nobel de Economia por analisar desigualdades em nações – Foto: Nobel Prize/ Youtube/ Reprodução/ ND Os pesquisadores, que trabalham nos Estados Unidos, foram
premiados “por seus estudos sobre como as instituições são formadas e como afetam a prosperidade”, afirmou o júri em seu comunicado. Segundo a AFP, na justificativa do Nobel de Economia, o
júri citou o exemplo de Nogales, dividida pela fronteira entre Estados Unidos e México, onde os residentes do lado americano do município tendem a viver em melhores condições. “O sistema
econômico americano oferece aos habitantes ao norte da fronteira maiores oportunidades de escolha em sua educação e profissão, e eles fazem parte do sistema político americano, o que confere
amplos direitos políticos”, explicou o júri. “Porém, ao sul da fronteira, os habitantes vivem em outras condições econômicas e o sistema político limita suas possibilidades de influenciar a
legislação”, acrescenta a nota. “A diferença decisiva não é a geografia ou a cultura, e sim as instituições”, afirmou a Real Academia Sueca de Ciências. Estudo que leva Nobel de Economia
pesquisa desigualdades (imagem ilustrativa) – Foto: Freepik/ Reprodução/ ND NOBEL DE ECONOMIA EXPLICA DIFERENÇAS ECONÔMICAS ENTRE NAÇÕES O corpo de jurados ainda destacou que as pesquisas
dos vencedores, que levaram o Nobel de Economia, também ajudam a compreender por que alguns países ficam presos em uma situação de “baixo crescimento econômico”. Segundo a Academia, as
diferenças entre as nações podem ter origem nas instituições criadas pelas potências coloniais. “Em algumas colônias, o objetivo era explorar a população indígena e extrair recursos naturais
em benefício dos colonizadores”. Em outras, as potências coloniais “construíram sistemas políticos e econômicos inclusivos, que criariam benefícios a longo prazo para todos”. “Embora os
países mais pobres estejam cada vez mais ricos, não conseguem reduzir a diferença”, declarou Jan Teorell, membro do comitê, em uma entrevista coletiva. “Acemoglu, Johnson e Robinson
demonstraram que grande parte da desigualdade de renda se deve às diferenças nas instituições econômicas e políticas da sociedade”, acrescentou. PESQUISADOR É AUTOR DE BEST-SELLER Vencedor
do Nobel de economia escreveu best-seller sobre prosperidade de países – Foto: Amazon/ Reprodução/ ND Daron Acemoglu, autor de vários ‘best-sellers’, incluindo “Por que as nações fracassam:
as origens do poder, da prosperidade e da pobreza”, e James Robinson eram considerados favoritos ao prêmio. “Estou encantado. É uma notícia surpreendente e incrível”, declarou Acemoglu à
imprensa por telefone, assim que soube da notícia. Segundo a AFP, Acemoglu, de 57 anos, é professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), assim como Johnson, de 61 anos.
Robinson, 64 anos, é professor da Universidade de Chicago. RECONHECIMENTO É CHAMADO DE ‘FALSO NOBEL’ O Prêmio Nobel de Economia – como é conhecido o Prêmio de Ciências Econômicas do Banco da
Suécia, em Memória de Alfred Nobel, concedido pela primeira vez em 1969 – é o único que não estava previsto no testamento do filantropo. A categoria foi adicionada, muito mais tarde, aos
cinco prêmios tradicionais – Medicina, Física, Química, Literatura e Paz -, o que lhe rendeu o apelido de “falso Nobel”. Em 1968, por ocasião de seu tricentenário, o Banco Central da Suécia,
o mais antigo do mundo, criou um prêmio de Ciências Econômicas em memória de Alfred Nobel e colocou à disposição da Fundação Nobel uma quantia anual equivalente ao valor dos outros prêmios.
[embedded content] No ano passado, a vencedora foi a americana Claudia Goldin, por seus estudos sobre as mulheres no mercado de trabalho. O prêmio de Economia fecha a temporada Nobel de
2024, que destacou os avanços na Inteligência Artificial com os prêmios de Física e Química. O mais famoso, o Nobel da Paz, foi atribuído à organização japonesa Nihon Hidankyo, que reúne
sobreviventes dos bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki em 1945, “por seus esforços a favor de um mundo sem armas nucleares”. _*Com informações da AFP._