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"O meu maior desejo [...] é reunir Putin e Zelensky em Istambul ou Ancara e trazer Trump para o lado deles. Se eles aceitarem, eu juntar-me-ei, para tornar Istambul um centro de
paz", disse Erdogan, no final de uma segunda reunião entre as delegações russa e ucraniana em Istambul. O chefe de Estado turco considerou que "a realização da reunião é, por si
só, um sucesso, após os acontecimentos de domingo", referindo-se, em particular, ao ataque com drones lançado por Kiev contra aeródromos militares situados em território russo. Esta
operação, inédita desde o início do conflito, visou quatro aeródromos militares russos e atingiu várias dezenas de aviões, incluindo bombardeiros estratégicos, até à Sibéria, muito longe da
frente de batalha, de acordo com os serviços de segurança ucranianos (SBU). Numa conferência de imprensa, depois da segunda ronda de negociações diretas entre as partes, em Istambul, o
ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, anunciou que a Ucrânia e a Rússia concordaram trocar todos os prisioneiros de guerra gravemente feridos ou doentes e libertar a totalidade dos
militares com idades entre os 18 e os 25 anos. "Concordámos em trocar todos os prisioneiros de guerra gravemente feridos e doentes", afirmou. Umerov anunciou também outro acordo
para a troca dos restos mortais de 6.000 soldados de cada lado caídos atrás das linhas inimigas. O ministro ucraniano indicou que a delegação entregou à parte russa uma lista com os nomes de
centenas de crianças ucranianas deportadas por Moscovo dos territórios ocupados pela Rússia na Ucrânia. Kiev considera o regresso destes menores uma condição fundamental para o progresso em
direção à paz. "Esta questão é uma prioridade fundamental para nós. Se a Rússia estiver realmente empenhada no processo de paz, o regresso de pelo menos metade das crianças desta lista
será um sinal positivo", observou. A este propósito, em Moscovo, o Kremlin adiantou que Putin debateu com a defensora dos direitos infantis, Maria Lvova-Belova, a devolução das
crianças ucranianas às famílias e também o regresso das crianças russas da Ucrânia. Putin e Lvova-Belova, contra os quais pesa uma ordem de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) por
deportação de crianças ucranianas, concordaram também com a criação de um novo órgão para ajudar as famílias. Lvova-Belova indicou que atualmente 25% das crianças "estão
injustificadamente" em orfanatos. "Podia ter sido prestada assistência para não separar [o menor], podia ter sido trabalhado com a família", reconheceu a responsável, que
afirmou ter sido possível, nos últimos meses, promover o regresso de milhares de menores às suas famílias. A reunião entre Putin e Lvova-Belova coincidiu com a segunda ronda de negociações
diretas entre as delegações da Rússia e da Ucrânia em Istambul, na Turquia. A Ucrânia acusa a Rússia de transferir para território russo cerca de 20.000 crianças sem o consentimento de
famílias ou tutores, enquanto Moscovo nega estas acusações e afirma ter protegido menores que se encontravam em situação vulnerável em zonas de combate. Lvova-Belova assegurou anteriormente
que as autoridades russas estavam dispostas a entregar as crianças deslocadas às famílias na Ucrânia, se estas fizessem o respetivo pedido. Em abril de 2024, Moscovo anunciou um acordo com
Kiev para a troca de 48 crianças, 29 das quais regressaram à Ucrânia e 19 à Rússia. Leia Também: Kremlin rejeita ideia de cimeira entre Putin, Zelensky, Trump e Erdogan