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A ARGENTINA, EM RAZÃO DE SUA CRISE ECONÔMICA, SE TORNOU SINÔNIMO DE VIAGEM BARATA PARA OS BRASILEIROS Nos últimos anos, a ARGENTINA, em razão de sua crise econômica, se tornou sinônimo de
VIAGEM BARATA PARA OS BRASILEIROS. Um dos motivos é a DESVALORIZAÇÃO DO PESO em relação ao DÓLAR e REAL. Na cotação atual, feita pelo VALOR no site do Banco Central do Brasil, R$ 1 equivale
a 161,34 pesos argentinos. Em relação à moeda dos Estados Unidos, US$ 1 vale 799,95 pesos argentinos. Afinal, vale mais a pena comprar pesos ou levar dólar e/ou real para viagem? Em
entrevista ao VALOR, a economista e professora da FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS (FGV), Carla Beni, comentou a questão. “Numa situação anterior ao governo [de Javier Milei], era vantagem, por
exemplo, levar o dólar e fazer a troca lá, porque tinha mais poder de barganha, tinha uma moeda forte na mão e ia trocar por uma moeda fraca”, explicou. Ela frisa que hoje essa situação se
acentuou. "Piorou na medida em que o governo desvalorizou o câmbio oficial. O câmbio que a gente compra na rua, que é o dólar blue, é um mercado ilegal. É uma coisa normalizada na rua,
nas casas de câmbio. Mas não é o câmbio oficial do país. Como o governo desvalorizou [o dólar] para 800 pesos, esse movimento vai refletir mais ainda na questão do câmbio blue. Vai piorar”,
destacou. LEIA MAIS * ECONOMIA ARGENTINA, CONVITE À REFLEXÃO * BANCO CENTRAL DA ARGENTINA NEGOCIA ACORDO COM FMI E NÃO IRÁ ALTERAR TAXAS DE JUROS * FALTAM DEFINIÇÕES NO PACOTE DE AJUSTE
FISCAL DE MILEI * INFLAÇÃO ANUAL NA ARGENTINA SUPERA 160% EM NOVEMBRO, MAIOR PATAMAR DESDE 1990 Beni se refere a uma medida recente do governo de JAVIER MILEI, de aumentar o dólar no câmbio
oficial de 400 para 800 pesos. Além disso, a gestão recém empossada anunciou, por meio do ministro da economia, Luis Caputo, novas regras de comércio exterior e a redução dos subsídios das
tarifas de transporte e serviço. Segundo a economista, a melhor opção para os turistas é levar o cartão de crédito ou pré-pago. “A melhor coisa ainda vai ser usar o cartão de crédito ou
pré-pago. Ou levar dólar”, afirmou Beni. Outra opção para quem vai viajar para a Argentina, aponta a economista, é o real brasileiro. > “Se você estiver com uma viagem marcada para uma
cidade grande da > Argentina, pode levar reais. No interior, vai ter que fazer a troca > por pesos. E aí a recomendação é fazer trocas de pequena monta. > Ou seja, trocar, usar por
um, dois dias, e trocar de novo, porque a > desvalorização é muito grande", afirmou Então, segundo a economista, quem vai passar uma semana na Argentina, não deve trocar todos os
dólares no primeiro dia. “É preciso fazer trocar fracionadas, quase que dia a dia, para ver o que vai acontecer com a moeda”, disse. Quanto à ESPECULAÇÃO por parte de investidores, Beni faz
um alerta. "Para especular em cima de uma moeda que só está desvalorizando, você teria que imaginar que depois ela vá valorizar — por exemplo, eu vou comprar agora porque daqui dois
anos vai valorizar. [No caso da Argentina], você estará comprando uma moeda agora na expectativa de que daqui dois anos ela não exista mais. O próprio presidente não quer a moeda oficial do
país. Ele está desvalorizando o peso para substituí-lo [pelo dólar]". Em nota enviada ao VALOR, o GRUPO TRAVELEX CONFIDENCE, que atua no mercado de câmbio, disse que "a
recomendação é adquirir o peso aos poucos, para garantir um bom preço médio". > "Separar um valor mensal em reais para realizar a compra de moedas > estrangeiras é uma forma
de evitar surpresas no orçamento, além > de contribuir para uma boa organização financeira, já que a > oscilação na cotação é inevitável quando se trata do mercado > de câmbio. São
diversos os fatores econômicos que influenciam > nessa volatilidade", ressaltou a empresa. A Confidence salienta que "seja para a Argentina, ou qualquer outro destino, a
recomendação é sempre estar atento às taxas cambiais, que passam por flutuações diariamente. Além da compra antecipada e gradual da moeda, que é uma estratégia para evitar os impactos dessas
oscilações, a diversificação dos meios de pagamento é também muito importante." Por fim, a corretora recomenda levar para Argentina um pouco do peso em espécie, o que pode ajudar em
casos de pequenos gastos e imprevistos, como táxis e alimentação rápida e o uso de cartões pré-pagos internacionais. ALÉM DO DÓLAR BLUE, ARGENTINA CONTA COM 13 COTAÇÕES DE DÓLAR Taxa de
câmbio do circuito informal, a operação do dólar blue é considerada ilegal. Ainda assim, é comum em toda Argentina. Segundo o jornal "El Cronista", nesta quarta-feira, a moeda está
cotada em 1.040 pesos para compra e 1.070 para venda. Além do dólar blue, o país conta com 13 cotações diferentes de dólar. São elas: 1 - DÓLAR DO ATACADO ("MAYORISTA") — Taxa de
câmbio oficial. Nela, o Banco Central libera dólares para importadores e bancos que demandam divisas para operações no exterior. Contudo, o BC capta (liquida) dólares da venda dos
exportadores. 2 - DÓLAR DE VAREJO ("MINORISTA") — Preço pelo qual os bancos vendem dólares para seus clientes, desde que apresentem comprovação da necessidade de obtê-los (como
para viagens ao exterior, por exemplo). São limitados a US$ 200 por mês. 3 - DÓLAR SOLIDÁRIO — Baseado no dólar de varejo. É aplicado à sobretaxa de imposto de 65% na compra de passagens
aéreas, por exemplo. 4 - DÓLAR TURISMO — Sobretaxada, é usada em operações de compra por parte de argentinos (principalmente com cartão de crédito) no exterior. 5 - DÓLAR TURISMO PARA
ESTRANGEIROS — Cotação limitada a US$ 5 mil, para tentar captar parte dos dólares do turismo estrangeiro. A partir dela, os visitantes podem trocar seus dólares no mercado oficial, sem
recorrer ao mercado paralelo. A taxa é mais próxima do dólar MEP ou da CCL. 6 - DÓLAR MEP OU DÓLAR-BOLSA — É uma taxa de câmbio aplicada aos títulos soberanos no mercado de ações. Obtém-se
comprando um título público com pesos e depois vendendo-o ao seu preço em dólares. 7 - DÓLAR "CONTADO CON LIQUI" (CCL) — É uma operação semelhante à do dólar MEP, mas os dólares
resultantes são depositados no exterior. A transação é normalmente realizada com títulos com liquidez em 48 horas. 8 - DÓLAR CRIPTO — É uma alternativa para quem opera com criptomoedas
estáveis. A cotação é próxima à do dólar CCL. 9 - DÓLAR 'NETFLIX' — Os serviços de streaming, como a Netflix, são pagos em dólares pelo cartão de crédito. Além disso, são pagos à
taxa de câmbio de varejo mais uma sobretaxa de 45% para o Imposto de Renda antecipado. 10 - DÓLAR SOJA OU DÓLAR DE EXPORTAÇÃO — Taxa de câmbio recebida pelos exportadores que recebem
pagamentos em dólares. 11 - DÓLAR SENEBI (SEGMENTO DE NEGOCIAÇÃO BILATERAL) — As corretoras pactuam os preços de compra e venda de cada título. Esse preço, no entanto, pode variar entre as
diferentes corretoras e, em geral, inclui as comissões que a operadora cobra de seu cliente. 12 - ADR EM DÓLARES — Ações que são cotadas simultaneamente em pesos e dólares externamente. A
operação é utilizada somente por empresas que operam no exterior. 13 - DÓLAR CEDEAR (CERTIFICADO DE DEPÓSITO ARGENTINO) — Usado por empresas em operações de títulos comprados em pesos e
conversíveis em moeda estrangeira. _*Estagiária sob supervisão de Diogo Max_