Na volta de Lupi, PDT decide apoiar CPMI do INSS, mas com gestão Bolsonaro na mira

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Na volta de Lupi, PDT decide apoiar CPMI do INSS, mas com gestão Bolsonaro na mira 21:47 | 20/05/2025 Autor Agência Estado Agência Estado Autor Ver perfil do autor Tipo Notícia


A bancada do PDT no Congresso Nacional decidiu apoiar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), desde que o colegiado também investigue


irregularidades durante a presidência de Jair Bolsonaro.


A decisão foi tomada na primeira reunião do PDT após o retorno de Carlos Lupi ao comando do partido, num encontro marcado por briga entre deputados sobre a decisão de permanecer no governo


ou não.


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Assine agora O objetivo da reunião foi discutir a crise instalada no Ministério da Previdência, comandado pelo PDT, causada por um esquema que gerou R$ 6,3 bilhões em cobranças indevidas


entre 2019 e 2024.


A CPMI do INSS, que reuniria deputados e senadores, foi mobilizada pela oposição e coletou o número mínimo de assinaturas no começo deste mês de maio. Governistas creem que ela acabará sendo


instalada em breve.


Integrantes do PDT dizem que vão conversar com a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), uma das responsáveis pela coleta das assinaturas, para assegurar que o escopo de investigação da


CPI envolva não apenas casos durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas também os de Bolsonaro.


Lupi, que era o ministro da Previdência, deixou o governo Lula no dia 2, após o escândalo dos descontos indevidos em contas do INSS. A demissão dele resultou na saída do PDT da base da


administração federal na Câmara. No Senado, porém, os parlamentares indicaram que seguem alinhados com o Planalto.


Essa divergência entre os 17 deputados e os três senadores ficou exposta de forma ainda mais clara no encontro desta terça-feira, 20. Houve ainda um bate-boca entre os deputados Dorinaldo


Malafaia (PDT-AP), governista, e o líder da sigla na Câmara, Mário Heringer (MG), mais próximo ao ex-ministro Ciro Gomes, que divergem sobre a posição da sigla em relação ao presidente Luiz


Inácio Lula da Silva.


A discussão entre os dois se deu em razão de entrevistas que ambos deram à imprensa. Heringer anunciou a posição de independência e um afastamento do governo a alguns veículos, enquanto


Malafaia disse ao ICL Notícias que a sigla permaneceria na base.


Sem um consenso claro, o partido resolveu tomar a decisão de manter "independência" em relação à pauta econômica do governo, mas ainda assim permanecendo na base.


Os mais governistas do PDT reclamam da interferência de Ciro Gomes nessa decisão, lembrando da rivalidade que ele construiu com o PT nas últimas duas eleições presidenciais.


Alguns deles repetem o argumento de que Ciro é uma pessoa desagregadora, lembrando da briga dele com o irmão Cid Gomes (PSB), a qual deverá levar a debandada de quatro deputados federais do


Ceará do PDT.


Em 2024, pedetistas já sugeriram à presidência do partido a expulsão de Ciro da sigla.


Internamente integrantes do PDT discutiram se o partido precisaria entrar em uma federação. Lupi defende que a sigla deve aguardar até o prazo limite, maio de 2026, para tomar a decisão.


Na leitura dele, o partido poderia voltar a crescer se capitalizar em cima de deputados que resolvam debandar de outras federações recentes, como a formada entre União Brasil e PP, já que


ainda há rusgas em diretórios municipais desse partido. Sob condição de reserva, parlamentares veem a decisão com ceticismo.


O PSB é o favorito entre os parlamentares para o PDT federar. A briga entre os irmãos Ferreira Gomes, porém, é um grande obstáculo para consolidar essa união.


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