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"Não vejo nenhumas condições para haver revisão constitucional em Portugal na próxima legislatura", afirmou, justificando com a composição da próxima Assembleia da República, que
decorre das eleições legislativas de domingo. A Aliança Democrática (PSD/CDS-PP) venceu as eleições legislativas de domingo, com 89 deputados, enquanto PS e Chega empataram no número de
eleitos para o parlamento, com 58 cada. A IL elegeu nove deputados, o Livre quatro, a CDU três e o BE, o PAN e o JPP um. O professor, antigo ministro e ex-presidente da Assembleia da
República (AR) falava num debate sobre o tema "50 anos de Autonomia, e agora?", no âmbito do Dia do Empresário, no Funchal. Augusto Santos Silva participou num painel, moderado
pelo jornalista e coordenador do Programa Grande Entrevista da RTP, Vítor Gonçalves, no qual estiveram também o advogado e professor Eduardo Paz Ferreira e o professor e especialista em
economia Pedro Brinca. O ex-presidente do parlamento salientou que os quase 50 anos de autonomia da Madeira foram de "progresso assinalável" e manifestou otimismo para o futuro,
argumentando que os progressos registados são a prova de que é possível continuar a evoluir. Para Augusto Santos Silva, o aprofundamento da Autonomia regional tem de ser feito "mais
numa lógica qualitativa do que numa lógica quantitativa". O professor sublinhou que a Madeira tem condições para se afirmar "na grande área do cuidado", que, especificou,
inclui o turismo, hospitalidade, cuidados de saúde e políticas de promoção do envelhecimento ativo. "E a Madeira será certamente um centro essencial nesse domínio", considerou,
salientando que o arquipélago possui infraestruturas e serviços que lhe confere "vantagens comparativas". Por seu turno, o professor Eduardo Paz Ferreira, responsável pelo grupo
que está a trabalhar na proposta de Revisão da Lei das Finanças Regionais, referiu que a Madeira era uma "colónia perdida no meio do mar", com uma "profunda miséria" e
registou ao longo dos anos "um grande progresso". Referindo-se ao processo da revisão da lei atual, reivindicada pelos Governos da Madeira e dos Açores, o advogado disse que as
questões de matéria fiscal "são mais difíceis do que o presidente Miguel Albuquerque gostaria". Eduardo Paz Ferreira alertou que é preciso encontrar um equilíbrio relativamente a
baixar impostos e, ao mesmo tempo, solicitar ao Estado transferências financeiras superiores. Por outro lado, o professor e investigador Pedro Brinca realçou sobretudo os desafios económicos
da Europa, "que está a ficar para traz" relativamente aos Estados Unidos da América, e, por outro lado, Portugal é "um país pobre com impostos de rico" que está "na
cauda da Europa". Leia Também: Augusto Santos Silva defende que PS "deve ter cabeça fria"