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O Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Enfrentamento ao Crime Organizado) deflagrou na manhã desta terça-feira a “Operação Blackmail” em Joinville, no Norte do Estado. A ação teve dois
alvos: desmantelar uma organização criminosa que cobrava vantagens indevidas de comerciantes da cidade e prender agente público que praticava tráfico de influência e lavagem de dinheiro. Ao
todo foram presas preventivamente sete pessoas – seis em Joinville e uma em São Paulo – e cumpridos 14 mandados de busca e apreensão – três em São Paulo e 11 em Joinville. Entre os detidos
em Joinville está o vereador João Carlos Gonçalves (PMDB). Agentes do Gaeco realizaram busca e apreensão de documentos na casa e no gabinete do parlamentar, na Câmara Municipal de Joinville.
João Carlos Gonçalves foi detido em sua casa por volta das 6h e foi acompanhado pela polícia até a Câmara e de lá para a sede do Gaeco, para prestar depoimento. A investigação apura a
existência de uma organização criminosa que cobrava vantagem indevida de empresários relacionada a atividades fiscalizatórias da Sema (Secretaria do Meio Ambiente de Joinville), ou obrigava
a contratação de pretensos serviços administrativos prestados por componentes do grupo criminoso. Os comerciantes eram obrigados a procurar tal serviço sob pena de responderem penalidades
administrativas. Nos próximos dias serão notificados comerciantes que em tese foram alvos da organização criminosa, a fim de serem ouvidos pelo Ministério Público de Santa Catarina. OUTRA
VERTENTE Durante a investigação surgiram informações sobre o possível tráfico de influência e lavagem de dinheiro cometidos por um outro agente público da cidade. A pretexto de influenciar
em atos praticados por funcionários públicos do município, para atendimento a empresários também investigados, o agente público solicitou e recebeu vantagens financeiras indevidas de um dos
empresários, que com ele orquestrava a fraude. ORIGEM A investigação iniciou com uma denúncia à 13ª Promotoria de Justiça de Joinville, com atuação na defesa da moralidade administrativa, e
ocorre em procedimento investigativo criminal próprio. A continuidade dos trabalhos demandará perícia de equipamentos eletrônicos apreendidos, como celulares e computadores, oitiva de
testemunhas, informantes e investigados, dentre outras diligências. Participaram da operação integrantes dos grupos regionais do Gaeco de Joinville, Criciúma, Itajaí, Blumenau, Lajes,
Chapecó e Capital, além de outros policiais de Joinville. O Gaeco é uma força-tarefa composta por Ministério Público, Polícia Civil, Polícia Militar, Fazenda Estadual e Polícia Rodoviária
Federal. O QUE É A OPERAÇÃO BLACKMAIL Blackmail é expressão inglesa que, traduzida ao português, significa chantagem, procedimento comum aos principais investigados, a partir de achaque a
pessoas para obtenção de ilícitos favores em razão da função pública. também desconhece as razões da ação envolvendo Gonçalves. A Câmara de Vereadores de Joinville, por meio da assessoria de
imprensa, informou que só irá se pronunciar à tarde.