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A busca e apreensão determinada pelo STF (SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL) na residência do presidente nacional do PP, senador CIRO NOGUEIRA (PI), tinha como objetivo recolher eventuais provas que
ligasse o parlamentar à empreiteira UTC, do empresário Ricardo Pessoa, que se tornou um dos delatores do esquema de corrupção da Petrobras. Veja também A reportagem teve acesso ao despacho
do ministro do STF TEORI ZAVASCKI, que é relator dos inquéritos que investiga a participação de políticos no esquema, no qual ele determina à Polícia Federal que recolha documentos
relacionados, entre outras questões, a “procedimentos de licitação, contratação e realização de pagamentos relacionados à administração pública, em geral, e em particular a empresas do grupo
UTC e escritórios de advocacia”. O ministro afirma ainda que a ação “tem por finalidade a coleta de provas referentes à prática de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, além de outros
crimes correlatos, como associação criminosa e organização criminosa”. Pessoa teria dito em sua delação que repassou R$ 2 milhões a Ciro Nogueira, segundo a revista “Veja”. O senador nega
envolvimento com irregularidades na Petrobras. Na ação desta terça (14), os agentes da PF passaram quase duas horas na residência do senador. Defensor do senador o advogado Antonio Carlos de
Almeida Castro criticou a operação. “O senador se colocou à disposição, ofereceu seus sigilos, prestou depoimento. Infelizmente, no Brasil de hoje, os atos invasivos passam a ser a regra”,
afirmou. Além do presidente do PP, a PF realizou buscas em residências e escritórios do senador e ex-presidente da República Fernando Collor (PTB-AL) e de outros quatro políticos
investigados sob suspeita de envolvimento com o esquema de corrupção descoberto na Petrobras pela Operação Lava Jato. A ação policial representa a primeira ofensiva contra esses políticos
desde março, quando o Supremo Tribunal Federal autorizou a abertura de inquéritos sobre 13 senadores e 22 deputados federais acusados por participantes do esquema que se tornaram delatores e
passaram a colaborar com as investigações.