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Islamabad Magistrados escolhidos a dedo pelo presidente do Paquistão, general Pervez Musharraf, para compor a Suprema Corte do país arquivaram ontem as contestações à perpetuação do
governante militar no poder, abrindo caminho para que ele cumpra um novo mandato de cinco anos como chefe de Estado. A oposição a Musharraf denunciou a nova composição da máxima instância
judicial paquistanesa, argumentando que qualquer decisão adotada pelo tribunal, atualmente sem magistrados independentes, carecerá de credibilidade. Em 3 de novembro, quando decretou estado
de emergência no país, Musharraf suspendeu a constituição, afastou magistrados considerados independentes e escolheu a dedo os novos integrantes da Suprema Corte. O estado de emergência foi
declarado dias antes de o tribunal decidir sobre a elegibilidade de Musharraf para um novo mandato. A contestação a Musharraf baseia-se no fato de a constituição paquistanesa impedir a
candidatura de militares da ativa a cargos públicos eletivos. Antes do pleito, Musharraf prometera abandonar o uniforme caso a Suprema Corte confirmasse sua vitória nas eleições indiretas
realizadas em outubro, mas nenhum anúncio formal nesse sentido foi feito até o momento. O general Musharraf assumiu o poder no Paquistão depois de um golpe palaciano aplicado em 1999. Uma
fonte no governo informou que Musharraf recebeu com satisfação a esperada decisão da Suprema Corte. Segundo a fonte, a decisão favoreceria a intenção do general de entrar para a reserva até
o fim de novembro e passar a servir como presidente civil. GREVE DE FOME Enquanto isso, o líder oposicionista Imran Khan, detido na semana passada, iniciou ontem uma greve de fome na
carceragem da penitenciária de Lahore. Ele exige que os magistrados independentes afastados por Musharraf sejam reintegrados à Suprema Corte.