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Redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para setores produtivos em crise, como agricultura, automobilístico e da construção civil, manutenção do ritmo crescente dos
investimentos em grandes obras, linhas de crédito para a compra de máquinas e equipamentos destinados à exploração e produção de petróleo e campanhas publicitárias para que as pessoas não
deixem de comprar bens de consumo são as principais medidas que o governo estuda tomar para amenizar os efeitos da crise econômica em 2009. As formas de o país enfrentar a crise serão o tema
da última reunião ministerial do ano, marcada para hoje. Nela, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedirá empenho de todos os auxiliares para tentar evitar que a crise venha a atrapalhar
seus dois últimos anos de governo. Uma das formas de vencer a crise, na opinião do presidente, é manter os investimentos nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) cerca de
R$ 200 bilhões até o fim de 2010 , irrigar dinheiro para o crédito e convencer as pessoas de que devem continuar comprando. Pelos cálculos do governo, a perda de arrecadação estimada para o
ano que vem será de no mínimo R$ 8 bilhões. Mas Lula quer que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) fique em 4%. Portanto, os ministros terão de oferecer ao presidente soluções que
conciliem os ajustes necessários ao enfrentamento da crise e a oferta de dinheiro para os investimentos. "O presidente acha que o governo precisa entender o que está acontecendo com
essa crise e se preparar para agir, de maneira unificada, tendo em vista as medidas que vamos tomar", afirmou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. "Não vamos liberar mais
recursos este ano para gastos correntes, mas manteremos os investimentos e queremos fomentar a produção. Não se trata de favor nem de dar dinheiro: é fazer a roda girar." O ministro da
Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, farão uma exposição sobre o cenário econômico e as providências tomadas até agora pelo governo para combater os
efeitos da crise. "Estamos conseguindo superar os problemas e acreditamos que dá para manter uma taxa positiva de PIB com políticas anticíclicas", disse Mantega, numa referência à
poupança feita em anos de crescimento para ser usada nos tempos de vacas magras. Para injetar mais recursos na economia, a equipe econômica estuda cortar tributos, como novas reduções nas
alíquotas do IOF A equipe econômica avalia que há margem para novos cortes caso seja necessário. Mas as medidas devem continuar sendo pontuais, para setores com dificuldades, como a decisão
tomada na semana passada de reduzir o IOF para as operações de financiamento de motos para pessoa física. O setor havia registrado uma queda forte nas vendas. O governo também fará todos os
esforços para garantir os investimentos para os projetos incluídos no PAC. Na semana passada, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho,
disse que o desafio do governo será manter a taxa de crescimento dos investimentos em pelo menos de 10% em 2009, contra o ritmo de expansão deste ano, que está em torno de 16%. Além dos
recursos do Orçamento e dos esforços para capitalizar o BNDES, o governo espera contar com os R$ 14 bilhões anunciados para criar o Fundo Soberano do Brasil (FSB). Caso seja aprovado pelo
Congresso, o Fundo servirá para reforçar os investimentos em momento de baixa expansão da economia. Mas se o FSB não for aprovado até o fim do ano, o governo já estuda a possibilidade de
"carimbar" estes recursos para projetos de infra-estrutura de forma a garantir que serão gastos em 2009. A equipe econômica quer evitar que o dinheiro vire superávit primário e
seja usado no pagamento dos juros da dívida pública. MINISTRA-CHEFE A pedido de Lula, a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, falará sobre investimentos. Favorita do presidente para concorrer
à sua própria sucessão, em 2010, Dilma não se concentrará apenas no PAC, que hoje enfrenta dificuldades para sair do papel em vários estados. Fará ainda um balanço das principais ações do
governo. Lula também pediu que os ministros da Agricultura, Reinhold Stephanes, e do Desenvolvimento, Miguel Jorge, apresentem um diagnóstico dos problemas em suas pastas no cenário
pós-tormenta global. Para fechar a exposição, o chanceler Celso Amorim abordará as conclusões da reunião do G-20 grupo de países que representa 85% do PIB mundial , em Washington, no
último dia 15.