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O comissário de direitos humanos do presidente salvadorenho Nayib Bukele, o colombiano Andrés Guzmán, renunciou ao cargo que ocupou por dois anos, informou nesta segunda-feira(19) o agora
ex-funcionário à AFP. Advogado de 49 anos e especialista em direito digital, Guzmán defendeu Bukele em fóruns internacionais contra críticas por supostos abusos em sua "guerra"
contra gangues, iniciada em 2022. "Renunciei no dia 15 (de maio) e foi aceita no dia 16", disse Guzmán à AFP, sem revelar os motivos de sua decisão. "Fui testemunha
privilegiada de uma transformação histórica, observando como El Salvador passou do caos e do desespero [devido às ações criminosas de gangues] para se tornar uma referência mundial em
segurança", disse. Em sua carta de demissão, o colombiano escreveu que estava deixando seu cargo como comissário presidencial de direitos humanos e liberdade de expressão "com
profunda tristeza e sincera gratidão". Foi "uma fase extraordinária" marcada por "grandes desafios e aprendizados valiosos", mas "é necessário saber quando
fechar um capítulo e começar outro", acrescentou o ex-professor de universidades na Colômbia, Peru e Espanha. Bukele é um aliado-chave do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
em sua dura política contra os imigrantes, recebeu 252 venezuelanos deportados por Washington e os prendeu em uma penitenciária de segurança máxima. Na semana passada, nove organizações de
direitos humanos, incluindo a Anistia Internacional, denunciaram o "padrão autoritário de Bukele frente ao descontentamento social" após a prisão de dois ativistas. Cerca de
86.000 suspeitos foram presos na guerra contra gangues, embora por volta de 8.000 tenham sido soltos por serem inocentes, segundo Bukele. O presidente desfruta de enorme popularidade no
país por sua repressão às gangues, que reduziu a taxa de homicídios a níveis historicamente baixos, mas seus métodos são criticados por organizações de direitos humanos. cmm/fj/mar/jc/aa