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'MAHKU: MIRAÇÕES' E 'CARMÉZIA EMILIANO: A ÁRVORE DA VIDA' ABRE-ALAS PARA A PROGRAMAÇÃO DEDICADA AOS ARTISTAS E COLETIVOS INDÍGENAS DO MUSEU Cores vívidas, formas, figuras
da natureza e retratos dos mitos e saberes da população indígena brasileira tomam o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), a partir desta sexta-feira, 24.03, graças a
abertura de duas novas exposições: _MAHKU: MIRAÇÕES_ e _CARMÉZIA EMILIANO: A ÁRVORE DA VIDA_. A primeira, _MAHKU: MIRAÇÕES_, apresenta a maior mostra do coletivo indígena acriano Movimento
dos Artistas Huni Kuin, o Mahku. São 120 pinturas e desenhos em papel e tela, sendo três delas produzidas exclusivamente para a mostra, comissionadas pelo museu, além de esculturas, áudios
com cantos, vídeo documentário e uma pintura de grandes dimensões elaborada diretamente nas laterais da icônica escada/rampa vermelha que interliga o 1° ao 2° subsolo do museu, que atrai os
olhares por todos que ali passam. Com curadoria de Adriano Pedrosa, diretor artístico do MASP; Guilherme Giufrida, curador assistente e Ibã Huni Kuin, curador convidado, _Mahku: Mirações_
revisita as produções do coletivo desde sua criação oficial, em 2013. Os trabalhos contam em telas e papeis as traduções e registros de cantos, mitos e histórias da ancestralidade indígena,
como de experiências visuais geradas pelos rituais de _nixi pae _(a bebida sagrada)_ _– que envolvem a ingestão da ayahuasca – denominadas mirações, palavra que dá título à exposição.
Animais como jacaré, jiboia, aves e roedores que só a fauna brasileira tem, estão fortemente retratados nas obras do coletivo, devido a importante relação mitológica que cada um deles têm a
cultura e mitos dos povos originários. Saiba mais Casa SP–Arte estreia com exposição de Hélio Oiticica Pinacoteca Contemporânea: extensão do museu abre com duas exposições inaugurais Daiara
Tukano estreia individual em São Paulo Já em _CARMÉZIA EMILIANO: A ÁRVORE DA VIDA_, 35 obras estão expostas, sendo oito concebidas exclusivamente para a mostra, são divididas em sete núcleos
que abordam temas relacionados à subjetividade da artista e à vida em comunidade, refletindo manifestações culturais macuxis, como a dança do parixara, os jogos e brincadeiras relacionados
aos períodos de festas – por exemplo, o de colheita da mandioca –, assim como a vida em comunidade. Na mostra curada por Amanda Carneiro, curadora assistente do MASP, também estão entre os
destaques os registros da transmissão de saberes, das redes de apoio entre mulheres e da relação de profundo respeito e cooperação com a natureza. O título da mostra faz referência a um tema
recorrente na obra da artista, o mito da _Wazaká_, a árvore da vida, que faz surgir de seu tronco cortado o Monte Roraima. Carmézia Emiliano é uma artista indígena Macuxi, nascida em 1960
na comunidade Maloca do Japó, Normandia, Roraima, e vive e trabalha em Boa Vista, Roraima, desde a década de 1990. Já realizou exposições como a individual _Lendas, costumes e histórias do
povo Macuxi_, no Sesc Roraima;_ Vaivém _(2019), nos centros Cultural Banco do Brasil de São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte; _Histórias da dança_, exposição virtual no MASP
de 2020; _Moquém_Surarî: arte indígena contemporânea _(2021), no MAM-SP ; e _Histórias brasileiras_, também no MASP, em 2022. As obras de Carmézia Emiliano integram acervos de museus e
instituições brasileiras, como CCSP, MASP, Pinacoteca e Sesc São Paulo. Ambas as mostras reforçam a programação de 2023 do museu paulistano, dedicado às _Histórias indígenas_. O Masp
anunciou, no último novembro, Edson Kayapó, Kássia Borges Karajá e Renata Tupinambá como os novos curadores adjuntos de arte indígena do museu, responsáveis por assessorar o instituto quanto
à presença e relacionamento com a arte e artistas indígenas no MASP, no âmbito da programação e do acervo. MUSEU DE ARTE DE SÃO PAULO ASSIS CHATEAUBRIAND. _Avenida Paulista, 1578 – Bela
Vista, SP_.