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PARA GESTOR, PROBLEMA FISCAL DO BRASIL É UMA CONTA QUE DEVE SER EMPURRADA PARA 2026 O problema fiscal do Brasil é uma CONTA QUE DEVE SER EMPURRADA PARA 2026, após o país ter fechado 2023 com
déficit fiscal perto do que teve em 2019, segundo Luis Stuhlberger, executivo-chefe (CEO) e de investimentos da Verde Asset Management. LEIA MAIS: CRISE IMOBILIÁRIA NA CHINA NÃO SERÁ NOVO
‘LEHMAN BROTHERS’, DIZ STUHLBERGER > "O país 'ganhou' os anos da covid-19, a foto é razoável, apesar > do filme ruim", disse o gestor ao participar de evento do
UBS. Mas > com a aproximação da sucessão presidencial, o aumento de gastos > projetados chega a um nível que não parece sustentável. O que > ajuda é que o governo não tem maioria no
Congresso. "O Brasil elege presidentes de diversas matizes, [Jair] Bolsonaro, Lula, o PSDB, mas é dominado pela centro-direita", disse Stuhlberger. > "O governo não leva
tudo. Isso leva a crer que os três poderes > estão funcionando autonomamente, apesar de uma fase mais delicada > com o Judiciário. Mas enquanto Lula for chefe de Estado e [o >
ministro da Fazenda, Fernando] Haddad na prática for o chefe de > governo, sem que isso esteja escrito na 'job description'... é uma > pessoa boa, consciente, pode não pensar
igual à gente, mas é > responsável, tem boas ideias [...] é um governo razoável." Stuhlberger comentou que a inflação no Brasil tem surpreendido para baixo e a cada mês as previsões
para 2024 vêm sendo revisadas para baixo, que o país tem uma oportunidade de ouro se o governo recolocar o imposto sobre os combustíveis (Cide), retirado pelo ex-presidente Bolsonaro na
tentativa de se reeleger. Do lado fiscal, Stuhlberger disse que o orçamento para 2024 prevê gastos da ordem R$ 300 bilhões, R$ 350 bilhões acima do extinto teto de gastos, com a conta de
2023 inflada pelo pagamento dos precatórios. O déficit fiscal para este ano deve ser de R$ 80 bilhões, "não é um número bom, mas o mercado tem projeções semelhantes e já assimilou isso
nos preços atuais. Só que para ganhar a eleição de 2026 não será suficiente, mas o problema ficou para frente." Sem imaginar nenhum revés motivado pelo próprio Brasil no curto prazo,
Stuhlberger disse que o país "parece ser um bom lugar para alocação de ativos". Ter posições em ações, na moeda brasileira e em Notas do Tesouro Nacional série B (NTN-B), atreladas
à inflação, parece ser um bom mix para o cenário atual. Não significa ficar totalmente exposto, afirmou o gestor, porque os ativos não estão baratos. > "Neste ano de queda de juros,
longe de dizer que nada está nos > preços, em novembro e dezembro tudo andou muito rápido." MILAGRE DO EMPREGO NOS EUA Foi com mais competência do que sorte que o Federal Reserve
(Fed, o banco central americano) conseguiu controlar a inflação nos Estados Unidos, sem levar a economia a uma recessão. Mas "o milagre do emprego" ainda é um mistério que não se
sabe se será temporário ou permanente, é algo difícil de entender, segundo Stuhlberger. > "O Fed fez um bom trabalho. Com a inflação a 2%, se tiver as 'fed > funds' a 4%
é uma redução significativa e, no fim do ano, a > percepção de juro real ainda será alta. Mas isso, para o resto do > mundo, 'ex US' será muito bom para os mercados
emergentes." Na sua leitura, o Fed será o primeiro banco central desenvolvido a cortar os juros. Para Stuhlberger, o soluço dos mercados em janeiro decorreu do fato de não ter havido
nenhum dado negativo da economia que corroborasse essa rota, mas a atividade segue desacelerando. Mesmo com o alerta de integrantes do Fed, de que os mercados teriam exagerado na dose de
otimismo, o índice de ações americano S&P 500 nem se mexeu. No Brasil, entretanto, o Ibovespa cedeu cerca de 5%, um ajuste compatível com o movimento de alta das taxas futuras de juros
nos EUA, disse o gestor.