Plano de alienações da enel visa reduzir a dívida em 11,5 bilhões de euros entre 2023 e 2024

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A EMPRESA ESPERA QUE A IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO TENHA UM IMPACTO POSITIVO NA DÍVIDA FINANCEIRA LÍQUIDA COM UMA ENTRADA DE RECURSOS (CASH-IN) DE CERCA DE 8 BILHÕES DE EUROS EM 2024 O grupo


italiano ENEL pretende vender ativos não estratégicos para reduzir as dívida em cerca de 11,5 bilhões de euros entre 2023 e 2024. O anúncio foi feito pelos executivos da companhia nesta


quarta-feira (22) durante o Capital Markets Day Enel 2023, evento realizado para atualizar seu plano de investimentos e a estratégia para o período. Segundo a empresa, espera-se que a


implementação do plano de alienação tenha um impacto positivo na dívida financeira líquida com uma entrada de recursos (cash-in) de cerca de 8 bilhões de euros em 2024, seguindo medidas


regulamentares obrigatórias, aprovações e conclusão de novos negócios que foram identificados no segundo semestre de 2023. As alienações da empresa estão em vários estágios de conclusão. No


Brasil, a empresa vendeu sua distribuidora em Goiás para a EQUATORIAL e estava com a concessionária do Ceará em processo de venda, em uma operação que poderia movimentar entre R$ 6 bilhões e


R$ 8 bilhões. Entretanto, os executivos disseram que vão esperar as regras do governo federal para a renovação da concessão das distribuidoras. No processo, CPFL e EQUATORIAL chegaram a


fazer propostas pelo ativo, conforme informou o VALOR em maio. Neste ano, a empresa já reduziu aproximadamente 2,8 bilhões de euros em termos de impacto da dívida líquida com a saída da


Romênia, venda de ativos de geração na Argentina, alienação de 50% das atividades renováveis na Austrália, além de desinvestimento de um portfólio solar no Chile. Há ainda a assinatura de


negócios pendentes de conclusão que deverão levantar cerca de 5,4 bilhões de euros de impacto da dívida líquida, como a venda de ativos de geração no Peru e a venda de uma portfólio solar e


geotérmico nos Estados Unidos. A meta é que a dívida financeira líquida caia para cerca de 2,3 vezes o Ebitda em 2026 contra 3,1 vezes em 2022. A previsão é que a dívida financeira líquida


em 2023 atinja entre 60 bilhões e 61 bilhões de euros.