Portugueses já ouviram falar de ia mas desconfiam de aplicação em carros autónomos e robots domésticos

feature-image

Play all audios:

Loading...

A análise pretendeu avaliar como os portugueses avaliam a Inteligência Artificial e mostra que o conhecimento do tema existe mas que ainda há divisões e cepticismo significativos,


particularmente no que diz respeito a aplicações avançadas como os veículos autónomos e robots humanoides. O ESTUDO FOI REALIZADO PELA NETSONDA PARA A DE-CIX E FOI ONTEM APRESENTADO NUM


ENCONTRO COM JORNALISTAS.  Segundo os dados, 99% DOS PORTUGUESES JÁ OUVIRAM FALAR DE IA, MAS TÊM DIFICULDADE EM EXPLICAR O QUE É. A principal resposta obtida no estudo (21%) indica que


quando questionados sobre a definição de IA, referem que é uma ferramenta facilitadora e rápida que ajuda na vida diária. ISABEL MOREIRA, DA NETSONDA, PARTILHOU OS DADOS INDICANDO QUE 3 EM


CADA 4 INQUIRIDOS (75%) ACREDITAM QUE A IA É UTILIZADA NO MARKETING E PUBLICIDADE (75%) E NO SERVIÇO AO CLIENTE (73%), SENDO ESTAS AS ÁREAS MAIS MENCIONADAS. Seguem-se o entretenimento (68%)


e a cibersegurança (67%). Embora a IA esteja a tornar-se muito mais comum, com os inquiridos a considerá-la relevante para a maioria das indústrias e setores, a utilização no setor dos


transportes foi a menos referida, com apenas 37%. Em termos de utilização da IA, OS RESULTADOS INDICAM QUE 76% DOS PORTUGUESES JÁ UTILIZARAM ALGUMA FERRAMENTA OU SERVIÇO DE IA E QUE EXISTEM


ALGUMAS DIFERENÇAS SIGNIFICATIVAS EM FUNÇÃO DAS FAIXAS ETÁRIAS. "Os jovens (18 a 24 anos) utilizam muito mais (93%) do que aqueles com idades compreendidas entre os 55 e os 64 anos,


onde 65% já utilizaram uma ferramenta ou serviço que envolve IA. O ChatGPT provou claramente ser a ferramenta de IA mais popular, utilizada por 73% dos inquiridos, seguida pelo Gemini com


12%", refere o estudo. Em relação a algumas áreas mantém-se a desconfiança e ceticismo, ou pelo menos a cautela, como em relação ao uso em carros autónomos e robots humanoides em casa.


NOS CARROS AUTÓNOMOS, QUANDO QUESTIONADOS SOBRE ESTA TECNOLOGIA, 39% DOS INQUIRIDOS REVELARAM PERCEÇÕES NEGATIVAS E OS SENTIMENTOS MAIS COMUNS FORAM “FALTA DE SEGURANÇA”, “INSEGURO”,


“PERIGOSO”, “sou contra” e “não é fiável”. No entanto, e muito perto, 36% dos inquiridos manifestaram perceções positivas, sendo as menções mais comuns: “progresso”, “útil” e “prevenção de


acidentes”. De notar ainda UMA DIFERENÇA DE GÉNERO ASSINALÁVEL, JÁ QUE AS MULHERES PREOCUPAM-SE MAIS COM O DESEMPENHO DESTES CARROS EM SITUAÇÕES IMPREVISÍVEIS (69%), enquanto que os homens


tendem a confiar mais nos carros autónomos. Apenas 62% estão preocupados com questões de segurança. Já para os robots há mais menções negativas, com 55% das respostas, enquanto 36% disseram


que não gostam e são contra os robôs humanoides em casa. As menções positivas obtiveram apenas 42% das respostas dos inquiridos, mostrando mais uma vez a divisão da população. E 16%


consideram que estes robôs ajudam os humanos e reduzem o esforço. IVO IVANOV, CEO DA DE-CIX, DIZ QUE “O ESTUDO DEMONSTRA CLARAMENTE QUE, EMBORA A IA ESTEJA A TORNAR-SE MAIS COMUM EM


PORTUGAL, O PÚBLICO TEM OPINIÕES DIVERSAS e, muitas vezes, cautelosas sobre as suas formas mais avançadas e autónomas. Além da construção de uma infraestrutura digital para suportar


aplicações de IA de todos os tipos, a eliminação das preocupações relacionadas com a segurança e a fiabilidade da tomada de decisões em IA serão cruciais para a sua futura aceitação e


integração na sociedade”. O ESTUDO FOI REALIZADO PELA NETSONDA COM QUESTIONÁRIOS ONLINE JUNTO DE UMA AMOSTRA REPRESENTATIVA DE 800 INDIVÍDUOS PORTUGUESES COM IDADES COMPREENDIDAS ENTRE OS 18


E OS 64 ANOS, garantindo uma margem de erro de +/- 3,46%. A recolha de dados decorreu entre 9 e 16 de abril de 2025.