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Este mês de ABRIL ASSINALA-SE O FIM DE 12 ANOS DE MISSÃO PARA UM DOS SATÉLITES PIONEIROS DA CONSTELAÇÃO GALILEO, que é também o primeiro a ser desativado e a pôr em prática os procedimentos
de desativação que daqui em diante serão seguidos em próximas desativações. O GSAT0104 É UM DOS 38 SATÉLITES DA PRIMEIRA GERAÇÃO DO GALILEO concebidos, desenvolvidos e testados pela ESA, em
parceria com a EADS Astrium (4 satélites de validação em órbita) e a OHB (34 satélites com capacidade operacional plena). A 12 DE MARÇO DE 2013, JUNTAMENTE COM OUTROS SATÉLITES DE VALIDAÇÃO
EM ÓRBITA (IOV), FEZ HISTÓRIA ao permitir a primeira fixação de posição pelo sistema europeu independente de navegação por satélite, o Galileo. As ATIVIDADES PARA A DESATIVAÇÃO DESTE
SATÉLITE PIONEIRO NA CONSTELAÇÃO EUROPEIA COMEÇARAM EM MARÇO DO ANO PASSADO, depois de um parecer nesse sentido de um conselho presidido pela Agência da UE para o Programa Espacial, a
Agência Espacial Europeia (ESA) e a Comissão Europeia (CE). Os trabalhos foram concluídos em abril. DESATIVAÇÃO PASSO A PASSO O PROCESSO DE DESATIVAÇÃO TEM VÁRIAS FASES. A primeira é, quando
termina o período de serviço, DESLOCAR O SATÉLITE PARA UMA ÓRBITA MAIS ALTA E SEGURA, até que fiquem esgotadas todas as suas fontes de energia. As órbitas do “cemitério do Galileo” estão,
PELO MENOS, 300 KM ACIMA DA CONSTELAÇÃO ATIVA e “foram concebidas para se manterem estáveis durante muito tempo”, como sublinha a ESA. Nessa região não há possibilidade de interferirem com a
constelação Galileo, com os satélites geoestacionários ou com qualquer outra constelação nas próximas centenas de anos. No caso concreto do GSAT0104, as RESERVAS DE PROPULSÃO DO SATÉLITE
PERMITIRAM COLOCÁ-LO 700 KM ACIMA DA CONSTELAÇÃO OPERACIONAL GALILEO. Depois disso, as reservas foram esgotadas e o satélite desativado, removendo-se toda a energia interna, como a carga da
bateria. CLIQUE NAS IMAGENS PARA VER COM MAIS DETALHE Os FUTUROS SATÉLITES GALILEO DESATIVADOS SERÃO COLOCADOS A ALTITUDES LIGEIRAMENTE DIFERENTES PARA MANTER UMA DISTÂNCIA SEGURA ENTRE
ELES. “As órbitas de cemitério são a estratégia normal de eliminação de satélites em órbitas terrestres médias e geoestacionárias, onde a reentrada na Terra não é geralmente viável”, explica
a agência europeia. O QUE SE SEGUE NA FROTA GALILEO? A DESATIVAÇÃO DOS SATÉLITES DA FROTA QUE CHEGAM AO FIM DO SEU PERÍODO DE VIDA ÚTIL PROMOVE A SEGURANÇA ESPACIAL, MAS É TAMBÉM UMA FORMA
DE CRIAR ESPAÇO PARA NOVOS satélites e para manter a frota a operar a 100%. Como explica a ESA, para uma constelação como a do Galileo, “que funciona como uma infraestrutura pública crítica
e visa prestar serviços ininterruptos durante décadas, as atividades de desativação são tão essenciais como os lançamentos.” Neste momento, a constelação mantém condições para fornecer o
mesmo nível de serviço, com satélites ativos em todas as suas faixas horárias principais, mais três satélites suplentes ativos. Mas já está prevista a junção de novos satélites à frota. HÁ
SEIS SATÉLITES DE PRIMEIRA GERAÇÃO PRONTOS PARA LANÇAMENTO E DOZE SATÉLITES DE SEGUNDA GERAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO. O TEMPO DE VIDA ÚTIL DE UM SATÉLITE É CALCULADO EM FUNÇÃO DO PERÍODO
DURANTE O QUAL O EQUIPAMENTO TEM CONDIÇÕES PARA MANTER SISTEMAS FIÁVEIS E EFICAZES. Na primeira geração de satélites Galileo o tempo de vida útil calculado é de 12 anos, na geração mais
recente é de 15 anos. Quando este prazo é atingido é feita uma reavaliação que pode abrir caminho à extensão do prazo. O GSAT0104 foi lançado do porto espacial europeu na Guiana Francesa a
12 de outubro de 2012. Foi o QUARTO E ÚLTIMO SATÉLITE DE VALIDAÇÃO EM ÓRBITA DO GALILEO. CONTRIBUIU PARA A PRIMEIRA DETERMINAÇÃO DE UMA LOCALIZAÇÃO TERRESTRE UTILIZANDO APENAS SATÉLITES
GALILEO. Durante anos assegurou serviços de navegação. Após uma avaria numa antena de banda L passou a ser usado para serviços de Busca e Salvamento. Em 2021, foi transferido de uma posição
principal para uma posição de reserva para dar lugar a um dos novos satélites lançados em abril de 2024.