Maioria das crianças tem telemóvel aos 10 anos. Ocde reforça a necessidade de proteção

feature-image

Play all audios:

Loading...

O novo RELATÓRIO "COMO É A VIDA DAS CRIANÇAS NA ERA DIGITAL?" examina "as oportunidades e os riscos associados à crescente imersão das crianças no mundo digital" e indica


estratégias e abordagens para promover o seu bem-estar. De acordo com os dados, em 2021, 93% das crianças à volta dos 10 anos já tinham algum contacto com a Internet, percentagem que 10


anos antes era de 85%, e CERCA DE 70% EM MÉDIA JÁ POSSUÍAM SMARTPHONES. No caso dos adolescentes a utilização de dispositivos digitais é ainda mais generalizada, indica o relatório,


apontando DADOS DE 2022 QUE ESTIMAM EM 96%, EM MÉDIA, OS JOVENS DE 15 ANOS DOS PAÍSES DA OCDE (38% EM TODO O MUNDO) QUE TINHAM UM COMPUTADOR OU UM TABLET E EM 98% OS QUE TINHAM UM


'SMARTPHONE' COM LIGAÇÃO À INTERNET. O estudo assinala ainda que "EM QUASE TODOS OS PAÍSES, PELO MENOS METADE DESTES JOVENS DEDICAVA 30 HORAS POR SEMANA, SE NÃO MAIS, AQUELES


DISPOSITIVOS, COM UMA MINORIA CONSIDERÁVEL -- DE 10% NO JAPÃO A 43% NA LETÓNIA -- A DECLARAR 60 HORAS OU MAIS". A OCDE considera que as tecnologias digitais oferecem incalculáveis


oportunidades para aprender, divertir e interagir com os outros, mas também "PODEM TER REPERCUSSÕES NO DESENVOLVIMENTO E SAÚDE MENTAL DOS JOVENS". Para lidar com a situação, O


RELATÓRIO RECOMENDA QUE SE AUMENTE A CULTURA E AS COMPETÊNCIAS DIGITAIS DAS CRIANÇAS, destacando o papel essencial da escola e dos professores na sua "capacitação progressiva", e


que os pais recebam orientações para as ajudarem a retirar o melhor dos dispositivos. Ter em conta "as opiniões e experiências das crianças" na preparação de políticas digitais,


assim como a criação de quadros regulamentares eficazes e o desenvolvimento de tecnologias e serviços que priorizem a segurança infantil são outros dos conselhos. Elaborado pelo Centro de


Bem-estar, Inclusão, Sustentabilidade e Igualdade de Oportunidades da OCDE, o relatório considera ainda que PARA PODEREM MELHORAR O ACOMPANHAMENTO DAS CRIANÇAS A ESTE NÍVEL OS PAÍSES


PRECISAM TER MAIS INFORMAÇÃO, COMO DADOS SOBRE A EXPOSIÇÃO DE CRIANÇAS PEQUENAS AOS ECRÃS, sobre experiências positivas e benefícios da utilização das tecnologias digitais e sobre o apoio


que pode ser prestado às crianças pela família e escola. Importante será também, segundo o estudo, ter informação sobre a perceção que as crianças têm dos principais riscos da utilização


destas tecnologias, para a sua saúde física ou mental, ao nível da desinformação, da divulgação de conteúdos inapropriados ou comerciais. Isso "poderia AJUDAR A MEDIR AS NECESSIDADES DE


INFORMAÇÃO E LITERACIA MEDIÁTICA", CONTRIBUINDO IGUALMENTE PARA DETERMINAR QUAL O PÚBLICO COM MAIOR PROBABILIDADE DE BENEFICIAR DE MAIS INFORMAÇÃO e quais as questões chave a destacar


na elaboração de medidas de apoio. (com Lusa)