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«Falta de rigor» parece ser por estes dias a arma de arremesso preferida entre PS e Governo no debate das propostas eleitorais. As novas medidas de António Costa, apresentadas no projecto de
programa eleitoral e criticadas pela direita, estão agora a ser testadas pelo grupo de economistas consultados pelo partido e podem sofrer ajustamentos. Maria Luís Albuquerque disse, no
Parlamento, que só a descida da TSU proposta pelo PS leva a um rombo de 11 mil milhões de euros na Segurança Social. Declarações que o economista do PS Manuel Caldeira Cabral contesta: «Não
corresponde minimamente às nossas contas. É um número atirado para o ar que fica mal à ministra das Finanças». Ao SOL, o economista critica a «falta de rigor e de transparência» dos números
lançados, «mais ainda quando esse partido pede clareza nas nossas propostas». E desafia a ministra a clarificar os seus cálculos. O ‘grupo dos 12’, do qual faz parte Caldeira Cabral e que
desenhou o cenário macro-económico para o PS, está neste momento a estudar os grandes grupos de despesa, depois das novas medidas introduzidas no projecto de programa eleitoral –
nomeadamente na área social, que inclui a Segurança Social e o combate à pobreza, a Saúde e a Educação. Segundo Caldeira Cabral, «é possível fazer praticamente tudo», mas é preciso «ver o
equilíbrio do conjunto das várias áreas». Haverá alguns ajustamentos, designadamente temporais. Quanto à medida que tem sido mais criticada, a redução da TSU para empresas e trabalhadores, o
economista refere que o «sentido será o mesmo», mas que a «intensidade da medida pode ter algum ajustamento». [email protected]