Vinte e um satélites chineses procuram avião desaparecido

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O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Hong Lei, explicou que o seu país reposicionou 21 satélites, uma dúzia a mais do que nos primeiros dias de busca pelo avião, para


que ajudem no rastreio realizado por outros 25 países. Das 239 pessoas a bordo do voo MH370 de Malaysia Airlines, 153 eram cidadãos chineses. “A busca do avião é nossa máxima prioridade,


sublinhou Hong Lei numa conferência de imprensa, informando ainda sobre os esforços realizados pelo seu Governo, que disponibilizou também 10 navios e vários aviões. A China enviou hoje o


seu maior navio, o Haixun 01, para ajudar nas buscas, que se dirige para Singapura e começara a trabalhar no estreito de Sonda, que separa as ilhas de Java e Sumatra, Indonésia e liga o mar


de Java com o Oceano Índico. Além do mar, a China começou hoje a procurar no seu próprio território, como parte de uma grande missão internacional que procura em dois corredores, um a norte


e outro a sul, definidos em relação à última posição do avião captada pelos radares. A vasta operação inclui regiões que incluem a Ásia Central e o Oceano Índico. Conforme os dados de um


satélite militar, o avião desaparecido poderia ter sobrevoado o extremo ocidental da China sem ser detectado pelos radares comerciais , segundo a agência de notícias oficial chinesa Xinhua.


Questionado sobre quais as províncias ou regiões da China em que estão a ser realizadas as buscas por terra, o porta-voz disse que “em resposta às petições do Governo malaio, satélites e


radares chineses procuram o avião no corredor norte que passa pelo território da China”. Hong explicou que a China divulgará informações detalhadas à Malásia sobre os resultados das buscas e


pediu ao Governo malaio uma colaboração recíproca. O embaixador chinês na Malásia, Huang Huikang, disse hoje à imprensa na capital malaia, Kuala Lampur, que as autoridades estão a lidar com


informações que não pode revelar aos meios de comunicação social, sem acrescentar mais detalhes. O diplomata afirmou que nenhum dos 153 chineses que viajavam a bordo do avião da Malaysia


Airlines tem um perfil que levante suspeitas para um possível sequestrador ou terrorista. O voo MH370 da Malaysia Airlines saiu de Kuala Lumpur no dia 8 de Março com destino a Pequim, mas


desapareceu dos radares 40 minutos depois do início da viagem. Segundo as autoridades, uma das pessoas que ia a bordo do voo MH370 desligou de forma deliberada os sistemas de comunicação da


aeronave, direccionando-a para Oeste. Lusa/SOL