Curta de miguel gomes estreia-se hoje em veneza

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o filme, uma ficção de 26 minutos co-produzida com frança, alemanha e itália, é exibido fora de competição e assinala a estreia de miguel gomes em veneza – o mais antigo festival de cinema


na europa – depois de já ter tido obras seleccionadas e premiadas nos festivais de berlim, cannes, locarno, toronto ou são paulo. “redemption” acompanha quatro personagens em épocas


distintas – uma criança em portugal, em 1975, um idoso em milão, em 2011, um pai em paris, em 2012, uma noiva em leipzig, em 1977 – à procura da redenção, de acordo com a sinopse da


produtora o som e a fúria. “é o filme que resulta da minha recente passagem como professor pela escola le fresnoy”, disse miguel gomes. “quis que fosse intimista, quase confessional,


composto exclusivamente por imagens de arquivo, muitas delas em super 8 e, portanto, com uma dimensão privada, anónima, unipessoal… ao mesmo tempo, quis que fosse o oposto do que acabei de


dizer”, escreveu o realizador na nota de intenções do filme, quando foi anunciada a selecção para veneza. teresa villaverde e joão pedro rodrigues são os dois outros cineastas portugueses


participantes no certame, através do projecto “venezia 70 — future reloaded”, com o qual o festival, criado em 1932, assinalou a abertura da sua 70.ª edição, na passada quarta-feira. para o


projecto, veneza convidou 70 realizadores, a quem deu total liberdade para filmarem uma curtíssima metragem, com a duração máxima de 01h30 minutos. teresa villaverde participou com


“amapola”, e joão pedro rodrigues, com “alegoria della prudenza”, ao lado de realizadores como o italiano bernardo bertolucci, o brasileiro walter salles, o iraniano abbas kiarostami, o


chileno pablo larraín, e os norte-americanos paul schrader e james franco, realizador e actor, entre outros. a competir pelo leão de ouro estão 20 filmes, entre os quais “philomena”, de


stephen frears, “the zero theorem”, de terry gilliam, “la jalousie”, de philippe garrel, “ana arabia”, de amos gitai, e “kaze tachinu”, animação do mestre japonês hayao miyazaki. bertolucci


preside o júri que vai atribuir o leão de ouro ao melhor filme. william friedkin, realizador de “o exorcista”, recebe um leão de ouro pela sua carreira, e cineasta polaco andrzej wajda,


realizador de “danton” e de “um amor na alemanha”, já distinguido com o leão de ouro, em 1998, vai receber o prémio especial veneza persol, que tem por objectivo “celebrar uma lenda do


cinema internacional”, segundo a organização. a 70.ª edição do festival de cinema de veneza decorre até ao próximo dia 07 de setembro. lusa/sol