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Na segunda Audiência Pública da Câmara Municipal de São Paulo sobre a concessão do serviço de guinchos e dos pátios de remoção da Prefeitura, a bancada do PSD apresentou uma proposta de
substitutivo ao PROJETO DE LEI (PL) 367/2017, já aprovado em primeira votação pela Casa. A sugestão do partido não foi levada ao Plenário, já que o texto ainda passa por Audiências
Públicas. Outras siglas também trabalham na elaboração de complementos ao PL. Nesta segunda-feira (14/8), a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) fez mais um debate sobre o PMD (Plano
Municipal de Desestatização) proposto pela gestão João Doria. O parlamentar José Police Neto, membro do colegiado, aproveitou para apresentar o que o PSD acredita ser o modelo mais viável
para conceder os guinchos e pátios de remoção. De acordo com a proposta do partido, em vez de fazer uma grande concessão que pode ser morosa por questões burocráticas, a Prefeitura pode
utilizar o que a cidade já tem: os guinchos particulares que não prestam serviços públicos e, principalmente, as vagas ociosas nos estacionamentos da capital. Segundo ele, em estacionamentos
privados, mais de 30% das vagas estão ociosoas, já que aumenta cada vez mais a adesão de motoristas a aplicativos como Uber, Cabify, 99 e Easy. “Não precisa obrigar o poder público a
gastar com um processo burocrático. A simplicidade está naquilo que já é oferecido. A cidade de São Paulo tem um conjunto de guinchos comprados por pequenas e médias empresas. Esse ativo já
é do Município”, explicou Police Neto. Ele ainda destacou que “não é novidade para ninguém” que a capital paulista tem “uma imensidão” de vagas licenciadas ociosas, com seguro e regras
impostas. Lázaro Carvalho Para o presidente do Segresp (Sindicato das Empresas e Proprietários de Serviços de Reboque, Resgate, Guincho e Remoção de Veículos no Estado de São Paulo), Lázaro
Fernando de Carvalho, a proposta de Police Neto não é tão simples. O sindicalista teme que a alternativa apresentada na Audiência esbarre em Leis federais. “Tem textos federais que dizem que
todos os pátios precisam ser licitados. A gente corre atrás, mas sempre esbarra nisso”, afirmou. Ele conta que isso acontece em casos de remoção de veículos dos condutores flagrados em
embriaguez ao volante. ROMBO A proposta de desestatizar a remoção de veículos infratores é parte de um plano da Prefeitura para desonerar os cofres públicos. Esse serviço custa R$ 13 milhões
por ano aos cofres municipais. O valor é quanto a Prefeitura paga pelos 33 guinchos que retiram, em média, cem automóveis por dia das ruas da metrópole. O serviço é considerado caro pela
Prefeitura de São Paulo, já que o montante é quanto a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) precisa colocar a mais para manter o serviço – diferença entre a despesa de R$ 27,7 milhões e a
arrecadação de R$ 14,7 milhões. SOBRE O PROJETO DE LEI O Projeto de Lei 367/2017 faz parte do PMD (Plano Municipal de Desestatização), uma das bandeiras do governo Doria. O programa prevê
a entrada de até R$ 5 bilhões para os cofres municipais. Além de mercados e sacolões, a Prefeitura também quer conceder ao setor privado a gestão de praças, parques, planetários, pátios,
sistema de compartilhamento de bicicletas e terminais de ônibus. Neste segundo semestre, o Executivo pretende encaminhar mais Projetos de Lei para o PMD: cemitérios, Anhembi e Autódromo de
Interlagos.