Externas exigem empenho dos atores

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Alguns ensaios depois, Coqueiro inicia as gravações. Em meio a muito drama e chororô, a cena é interrompida pelos gritos de vendedores ambulantes que passam perto do local. "Estava


ótima, mas vamos de novo", lamenta o diretor. Dani, vestida como escrava, retoca a maquiagem da mão, supostamente machucada. Para dar mais veracidade ao corte, os maquiadores espremem


uma planta roxa em cima da atadura. "O preconceito daquela época continua até hoje. Quando faço essas cenas, tento transmitir o máximo de sofrimento", revela. Gabriel Austin, no


entanto, foi quem mais sofreu. Enquanto a equipe estava protegida com calças compridas e botas, o garoto se manteve descalço e sentado na lama gelada, enquanto formigas enormes mordiam seus


pés. Incomodado, demorou a encontrar o tom necessário ao personagem. "Quero ir ao banheiro", implorava para Michel. Bem que tentava atender às exigências do diretor, mas estava


realmente incomodado. "Ele é criança e nunca fez nada em televisão", minimizava Marcos Coqueiro. Com a noite caindo, a produção corria para gravar a última cena do dia, envolvendo


Dani e Gabriel. Depois que a atriz é liberada, o menino continuava imóvel para gravar os últimos closes. E não escondeu a alegria quando ouviu o "corta" final. "Em externa


tudo conspira contra nós. São barulhos, mosquitos, chuva, falta de luz. Enfim, é uma aventura", sintetiza Coqueiro, se preparando para as noturnas.