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O governo do Panamá anunciou, nesta sexta-feira (30), que iniciou um plano para evitar danos ambientais pelo material acumulado em uma mina canadense de cobre, suspensa em 2023 após fortes
protestos, sem reativar as operações. O plano de manutenção será realizado enquanto o governo panamenho analisa a possibilidade de reabrir essa mina da filial local da companhia canadense
First Quantum Minerals (FQM), apesar da existência de uma moratória de mineração. É + que streaming. É arte, cultura e história. + filmes, séries e documentários + reportagens interativas +
colunistas exclusivos Assine agora "É uma medida técnica necessária que se aplica quando uma mina suspende suas operações ou encerra. Seu propósito é evitar, sobretudo, danos
ambientais", disse o ministro de Comércio e Indústrias, Julio Moltó, em coletiva de imprensa. "Esta decisão (...) não implica a reativação da mina", esclareceu o funcionário,
que indicou que os trabalhos serão pagos pela empresa e supervisionados por 10 instituições públicas panamenhas. A mina, que começou a operar em 2019, produzia a cada ano cerca de 300 mil
toneladas de concentrado de cobre que representavam 75% das exportações e 5% do Produtor Interior Bruto (PIB) do Panamá. Além disso, empregava cerca de 37 mil trabalhadores de forma direta e
indireta. No entanto, a maior mina de cobre a céu aberto da América Central, localizada no Caribe panamenho, foi fechada em novembro de 2023 quando a Suprema Corte declarou
"inconstitucional" o contrato de concessão em meio a protestos anti-mineração que semi-paralisaram o país. "Ao parar repentinamente, as operações deixaram atividades
pendentes, muito material sensível armazenado e uma operação industrial que precisa de manutenção, supervisão e controle, sobretudo ambiental", explicou Moltó. O presidente do Panamá,
José Raúl Mulino, manifestou que o governo iniciou contatos para uma eventual reabertura da mina, apesar de uma moratória que proíbe novas concessões de mineração metálica vigente desde
2023. "Essa mina é do Panamá (...) e Panamá a explorará", disse Mulino há um mês sem dar mais detalhes. O líder de direita fez estas declarações após a empresa canadense suspender
as arbitragens internacionais pelas quais buscava 20 bilhões de dólares (cerca de 114,1 bilhões de reais) em compensação pelo fechamento da mina. Tanto o governo quanto a empresa expressaram
sua disposição para negociar uma possível retomada das atividades. jjr/hma/ad/rm/yr