No máximo até 15h desta terça teremos definição sobre alternativas a iof, diz haddad

feature-image

Play all audios:

Loading...

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou ponto a ponto, com estimativas de impacto, um conjunto de medidas para sanear as contas públicas do ponto de vista estrutural aos


presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), em reunião na noite desta segunda-feira, 2. Com a concordância dos líderes do Congresso, as


medidas serão levadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira (3). A expectativa do ministro é de que haja alguma definição em torno delas até às 15h. Essas ações foram


elaboradas na esteira da rejeição do Congresso ao decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e iniciou o debate para a adoção de medidas estruturantes. É + que


streaming. É arte, cultura e história. + filmes, séries e documentários + reportagens interativas + colunistas exclusivos Assine agora "Nós conseguimos apresentar ponto por ponto


daquilo que já tinha sido sugerido por alguns parlamentares, dentre os quais os próprios presidentes das duas casas, já com uma estimativa de impacto sobre as contas públicas, benéfico para


as contas públicas e estrutural, ou seja, uma coisa para resolver 2025, uma coisa que tem impacto duradouro ao longo do tempo. E creio que hoje nós vamos ter uma reunião com o presidente da


República bastante produtiva, porque nós chegamos a um entendimento, pequenos detalhes para a semana de entradas, de fato pequenos. Eu penso que o plano de voo está bem montado", disse


Haddad a jornalistas ao chegar à sede da Fazenda. De acordo com o ministro, também estiveram na reunião a ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais, o líder do


governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), o secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, e Bruno Moretti, secretário especial de Análise Governamental da Casa Civil. "Para garantir


um ambiente político de qualidade, nós precisamos de reformas estruturais. O Congresso pediu, a Fazenda organizou, apresentou. Obviamente, isso vai depender agora de uma avaliação dos


partidos políticos, mas só o fato de nós termos o aval dos presidentes das duas Casas já é uma coisa muito significativa", disse. Haddad avaliou que as medidas são tecnicamente robustas


e estão politicamente amparadas, e isso permitirá que o Congresso avance em temas que precisam ser discutidos, sem detalhar. Haddad disse que é preciso aguardar o chamado de Lula para a


reunião, o que deve ocorrer até o início da tarde, já que o presidente viaja nesta terça para a França e queria estar "tranquilo" com essa questão solucionada. "O plano de voo


está bom, acredito que até superior ao que nós fizemos no ano passado, ou penso ainda menor do que no ano passado, do meu ponto de vista, dá uma estabilidade duradoura para as contas no


próximo período", reforçou. Essas medidas incluem uma proposta de emenda à Constituição e um projeto de lei amplo, de acordo com o ministro. É possível que haja a edição de uma Medida


Provisória para ajustes pontuais, mas isso ainda não está definido, o que ocorrerá após a reunião com Lula. Questionado se as ações incluiriam mudanças nos pisos de saúde e educação e


desvinculação do salário mínimo, Haddad disse que, por protocolo, ele não poderia adiantar nada sem conversar com Lula. "Eu tenho que informar quando a decisão estiver tomada. Eu vejo


circular muitas notícias que não têm correspondência, às vezes, com o que está sendo discutido. Tem muita gente no mercado que fica especulando, e não é bom especular sobre temas


sérios", disse. O ministro ainda esclareceu que essas medidas não incluem o pacote de ações aventado pelo Ministério de Minas e Energia, que somaria R$ 35 bilhões. Segundo Haddad, já há


uma lei em tramitação no Congresso que abarca esse tema - o leilão da PPSA - e pelo menos metade do valor anunciado já está contabilizado no orçamento deste ano.