Haddad: motta e alcolumbre estão com agenda boa e ampla de resolver questões estruturais

feature-image

Play all audios:

Loading...

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou que vem conversando muito com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), tanto para


trabalhar possíveis correções no decreto do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) quanto para encontrar soluções estruturais para o quadro fiscal do País. Em conversa com jornalistas ao


chegar à sede da Pasta, Haddad destacou que os chefes do Congresso têm uma agenda "boa e ampla" para atacar pontos estruturais. Ele ressaltou que as conversas evoluíram e que a


área econômica está muito confortável porque os temas abordados não se resumem a soluções paliativas, visando apenas o cumprimento da meta de um ano, mas soluções estruturais que darão


conforto a qualquer governantes. É + que streaming. É arte, cultura e história. + filmes, séries e documentários + reportagens interativas + colunistas exclusivos Assine agora "Eles


estão com uma agenda muito boa e ampla de resolver problemas estruturais, reformas mais amplas. Mas, mais do que isso, é voltar para aquilo que foi a tônica do primeiro ano e do primeiro dia


de governo, onde nós efetivamente conseguimos corrigir distorções no nosso orçamento, fazer a reforma tributária, corrigir aqueles benefícios fiscais injustificáveis que ainda


existem", defendeu o ministro. Segundo Haddad, Motta e Alcolumbre apresentaram um conjunto de medidas que serão debatidas com os líderes do Congresso e que várias encontram consonância


com ações defendidas pela Fazenda. "Os dois apresentaram, formalmente para nós, um conjunto de assuntos sobre os quais eles gostariam de tratar, junto aos líderes. E isso tem uma


sintonia muito grande com aquilo que a Fazenda já tem no seu menu de possibilidades. Então houve uma confluência muito grande de propósitos. Fazer as correções necessárias, no que diz


respeito a tributos, nas finanças, calibrar eventualmente as alíquotas, mas não ficar nisso, não simplesmente fazer a troca de uma coisa por outra. Mas ir além, além de resolver o problema


de 2025, fazer uma reforma estrutural para os anos seguintes", acrescentou. Um dos pontos que o ministro vem frisando é o gasto tributário. Ele repetiu que as projeções da Receita


Federal para 2025 indicam que o País somará R$ 800 bilhões com isenções e benefícios fiscais. Questionado sobre qual sua percepção para a mudança de comportamento do Congresso em relação à


revisão de benefícios, dado o histórico pouco favorável e as batalhas travadas pela Fazenda em relação a desoneração da folha e Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse),


Haddad atribuiu à transparência. Ele lembrou que os dados sobre benefícios são públicos e que é possível fazer consultas até por CNPJ. O ministro ainda foi perguntado a respeito dos convites


que recebeu para participar desses encontros e comparecer a comissões, como a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), do Senado, Haddad disse que sempre atende aos pedidos do Parlamento. Em


relação às emendas parlamentares, Haddad disse que o regramento para elas foi dado por lei complementar e que está sendo respeitado também para as contenções.