Fmi vê ajustes em imposto de renda e subsídio a imóvel como meios para china melhorar fiscal

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) avalia que a estabilização da dívida pública e a garantia de um crescimento inclusivo da China demandam uma reformulação de sua política fiscal. O Fundo


considera que o país terá de tomar várias medidas para equilibrar seu endividamento e melhorar a arrecadação, que incluiriam um aumento de impostos sobre a renda das pessoas físicas e a


redução dos subsídios ao setor imobiliário, quando houver uma normalização desse mercado. O Fundo calcula que o pacote de reformas pode aumentar a proporção da arrecadação ante o tamanho do


Produto Interno Bruto (PIB) entre 5 e 6 pontos porcentuais ao longo dos próximos 5 anos, com cerca de metade desse montante sendo canalizado para governos locais com dificuldades


financeiras. É + que streaming. É arte, cultura e história. + filmes, séries e documentários + reportagens interativas + colunistas exclusivos Assine agora As medidas também aumentariam a


eficiência econômica, reduziriam a desigualdade, além de gerar estabilização cíclica do sistema fiscal, apoiando o consumo privado, diz o FMI em relatório sobre questões selecionadas do país


asiático, preparado pelo seu staff e divulgado nesta sexta-feira. O aumento da dependência do imposto sobre a renda das pessoas físicas seria um dos caminhos para ajudar o país asiático na


consolidação fiscal. Mas os esforços a curto prazo devem se concentrar em medidas como o aumento da tributação do capital, reversão das medidas de alívio adotadas na pandemia e aceleração da


reforma da taxação internacional. Nos anos subsequentes, a China poderia passar a adotar taxas de imposto específicas e mais elevadas; ajustar o calendário do imposto de renda para aumentar


as taxas médias, além de reduzir os níveis de contribuição à seguridade social. No país, a contribuição conjunta de empregados e empregadores para a seguridade social responde por 38,5% dos


custos do trabalho, ante uma média de 30% nos países do G20, o grupo das 20 principais economias do globo. As contribuições para a rede de seguridade social são "descomunais" em


relação a outros países, pontua o FMI. A introdução de um imposto predial em todo o país, a diminuição das alíquotas de imposto sobre o valor agregado e o aumento da arrecadação proveniente


de licenças de emissão de carbono são outras recomendações do FMI para uma melhora do quadro fiscal. SUBSÍDIOS IMOBILIÁRIOS Quando o mercado imobiliário convergir para o seu novo equilíbrio


e a proteção social for reforçada, as autoridades devem reduzir gradualmente os subsídios, como a dedução fiscal dos pagamentos de juros em hipotecas ou a isenção fiscal sobre contribuições


para o fundo de previdência habitacional. Um verdadeiro imposto nacional sobre a propriedade contribuiria muito para aumentar a eficiência e a justiça do sistema tributário, diz o Fundo.