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"Não vejo a vontade ou o desejo dos russos de darem este passo. Não vejo a vontade de Putin de acabar com a guerra. Não vejo essa vontade", afirmou Zelensky numa entrevista à
estação de televisão alemã RTL. Apesar de considerar necessário que Putin saia do poder, Zelensky admitiu estar pronto para um cessar-fogo imediato que conduza a "uma paz sustentável
passo a passo", pelo que apelou aos aliados de Kyiv para que pressionem o Presidente russo. "Não temos pressão suficiente. Não foi utilizada força suficiente para o obrigar.
Atualmente, as grandes potências não estão totalmente envolvidas", criticou Zelensky na entrevista, citada pela agência de notícias espanhola Europa Press. Assinalou, em particular, que
países como a China se mantêm à margem do conflito, o que permite a "Putin adiar o momento do fim da guerra". Zelensky reconheceu que será difícil esperar justiça para a Ucrânia a
curto ou médio prazo enquanto Putin liderar a Rússia, uma situação que disse estar longe de mudar. "Eles veem o mundo na perspetiva da manutenção do poder e temos de estar conscientes
disso", afirmou. "Putin agarra-se à sua posição, que é a sua proteção, o seu visto, o seu capital e os seus negócios, por isso, agarra-se a ela e trabalha para radicalizar a
sociedade com as ideias nacionalistas do 'mundo russo'", acrescentou. Uma nova ronda de negociações diretas entre Kyiv e Moscovo está prevista para segunda-feira, 02 de junho,
de novo na cidade turca de Istambul, após a reunião de 16 de maio. Ainda se aguarda a confirmação da parte ucraniana sobre a participação nas negociações. A guerra foi desencadeada pela
Rússia, que invadiu a vizinha Ucrânia em fevereiro de 2022. Desde então, Moscovo reclama a soberania sobre as regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, além da península
da Crimeia, que já tinha anexado em 2014. A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nas cinco regiões declaradas como anexadas pela Rússia. Leia
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