China exige investigação de israel após tiros contra diplomatas em jenin

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"Estamos atentos ao incidente. Opomo-nos firmemente a qualquer ação que ponha em perigo a segurança do pessoal diplomático e exigimos uma investigação completa para evitar a repetição


destes acontecimentos", disse hoje a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning. Em conferência de imprensa, Mao apelou a todas as partes, e em especial a Israel, para


que "evitem quaisquer ações que possam provocar uma escalada das tensões" na região. "A situação na Jordânia e na Cisjordânia tem sido tensa desde há algum tempo",


afirmou. A declaração de Pequim surge um dia depois do exército israelita ter disparado tiros de aviso contra uma delegação diplomática composta por representantes de 24 países. De acordo


com uma lista noticiada pela agência de notícias EFE, a delegação incluía representantes do Gabinete da União Europeia e de 14 países da UE: Portugal, Áustria, Irlanda, Espanha, Lituânia,


Polónia, Roménia, França, Holanda, Finlândia, Itália, Alemanha, Dinamarca e Bélgica. Representantes do Canadá, Reino Unido, México e Uruguai, bem como Jordânia, Marrocos, Turquia e Egito,


também terão feito parte da delegação. Somam-se diplomatas da China e do Japão. Representantes do Programa Mundial de Alimentos (PMA) e da agência da ONU para refugiados palestinos, UNRWA,


também participaram da visita. O grupo diplomático, convocado pelo Ministério das Relações Exteriores da Palestina, estava a realizar uma visita para "observar as condições humanitárias


e os crimes e violações cometidos pelas forças de ocupação na área", informou fonte palestiniana. Vídeos do incidente, partilhados por diplomatas palestinianos, mostram soldados


israelitas a apontar armas e a atirar na direção do grupo. O exército israelita acusou a delegação diplomática de "desviar-se da rota aprovada", razão pela qual, dizem, decidiram


disparar tiros de "advertência". "As IDF [Forças de Defesa de Israel] lamentam o inconveniente causado", disseram as forças israelitas em comunicado, sublinhando que


ninguém ficou ferido no incidente, que ocorreu em uma "zona de combate ativa". Leia Também: Estados Unidos já aceitaram (formalmente) avião oferecido pelo Qatar