Banco central angolano mantém previsões de inflação nos 17,5%

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Manuel Tiago Dias, que falava em conferência de imprensa no final da 123.ª reunião do Comité de Política Monetária, frisou que a taxa de inflação mensal voltou a desacelerar ao fixar-se em


1,34% em abril, face aos 1,38% observados em março, salientando ainda que a inflação dos últimos 12 meses se situou em 22,32%, em abril, inferior aos 23,85% do mês anterior. Esta


desaceleração observada deve-se, segundo o governador do banco central, às atuais condições da economia angolana, "marcadas pela disponibilidade de uma maior oferta de produtos de amplo


consumo, associadas às condições monetárias adequadas e a relativa estabilidade da taxa de cambio". O governador do BNA disse ainda que vão continuar a monitorar o rumo da economia,


aguardando também pelos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre o desempenho da atividade económica no I trimestre deste ano. "Nós pretendemos olhar para as nossas


projeções e eventualmente fazermos uma atualização das mesmas, no mês de julho, por altura da realização da nossa reunião do Comité de Política Monetária", frisou. De acordo com Manuel


Tiago Dias, uma eventual alteração das metas do BNA tem sido ponderada, porque a taxa de inflação homóloga em 2024 foi de 27,5%, sendo o objetivo de inflação para 2025 de 17,5%, uma redução


de 10 pontos percentuais. "Quanto olhamos para a inflação acumulada, até ao mês de abril, de 22,3%, nós já tivemos aqui uma redução bastante substancial, na ordem dos 50% daquilo que


nós pretendemos alcançar até ao final do ano", sublinhou, contudo. Manuel Tiago Dias afirmou que, para maio e junho, as projeções apontam para a tendência de redução da inflação


homóloga, "razão pela qual as nossas projeções serão apenas revistas no mês de julho", quer da inflação, quer do Produto Interno Bruto. "Nós sempre dissemos, desde o ano


passado, que iríamos assistir a uma contínua queda da inflação homóloga até aos meses de maio, junho, de 2025, e é o que esta a acontecer", afirmou. Leia Também: UE vai apoiar combate à


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