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O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) lançará na primeira quinzena de maio a licitação para realizar intervenções na Via Expressa (BR-282), de São José a
Florianópolis. A grande novidade será a construção da terceira pista, nos dois sentidos, avaliada em R$ 36 milhões. Com uma pista a mais de cada lado, o Dnit vai destinar as duas faixas
centrais para o transporte coletivo. Segundo o chefe de operações do Dnit, engenheiro Névio de Carvalho, a obra deve durar 18 meses e os trabalhos serão realizados no período noturno, para
não atrapalhar o trânsito de 130 mil veículos por dia na rodovia, que é o principal acesso à Ilha de Santa Catarina. Desde que foi inaugurada no fim de 1982, a Via Expressa, com seus 5,6
quilômetros, nunca recebeu uma intervenção de verdade. Como obra paliativa, parte do acostamento em cerca de 600 metros do trecho de São José foi transformada em terceira pista nos dois
sentidos a pedido da PRF (Polícia Rodoviária Federal). “O projeto prevê a construção da terceira pista, nos dois sentidos, em toda a extensão da rodovia pelas laterais. Assim, as pistas
centrais serão reservadas para os ônibus do transporte coletivo. A ideia é de separar as pistas exclusivas com tachões de sinalização”, explicou o engenheiro. Em 1982, o fluxo era de 25.521
veículos por dia. Agora, o número de automóveis, caminhões, ônibus e motos supera 130 mil diariamente. A Via Expressa começou a ser projetada na década de 1970, mas o primeiro trecho, da
BR-101 até a avenida Josué Di Bernardi, no limite entre São José e Florianópolis, foi concluído em 1978. Carvalho lembrou que essa intervenção não representa o projeto para a revitalização
da Via Expressa, que prevê ciclovia, calçada, faixa exclusiva para ônibus e mais três pistas em cada sentido no valor de R$ 500 milhões. “Nosso objetivo é começar a obra da terceira pista
este ano, porque teremos serviço para um ano e meio. Para não atrapalhar o trânsito, a nossa intenção é de trabalhar no período noturno. Na verdade, ainda não divulgamos o projeto porque
estamos aguardando a licitação para dar início ao processo. Essa é a primeira etapa para depois realizarmos a revitalização da Via Expressa”, afirmou o engenheiro. TRECHO DE 5,6 QUILÔMETROS
DE RODOVIA TEM 19 ACESSOS Os 5,6 quilômetros da Via Expressa têm 19 acessos e saídas nos dois sentidos, segundo a apuração do_ Notícias do Dia_. De acordo com o engenheiro de projetos do
Dnit, Guido Paulo Simm Júnior, cada acesso provoca uma retenção no trânsito de 450 metros, antes e depois. Isso retira a principal característica de uma rodovia, que é de ter um trecho de
via rápida. A Via Expressa deixou de ter características de rodovia e passou a ser uma avenida, porque não é apenas um corredor e, sim, o destino de muitos motoristas. A lentidão no trânsito
começa perto das 6h. Segundo o inspetor Carlos Possamai, do núcleo de comunicação da PRF, o trânsito permanece lento até 11h e volta a ter congestionamento no início da tarde, das 13h30 às
14h30, e depois das 16h, no sentido contrário. “Um acidente na ponte, no qual se leva 30 minutos para retirar o veículo, traz um reflexo de quatro a cinco horas no trânsito. Teve um dia que
um acidente na ponte provocou um congestionamento pela Via Expressa, BR-101 até a retomada da BR-282, em Palhoça. Isso dá 20 quilômetros de fila”, contou Possamai. TERCEIRA PISTA * Custo da
obra: R$ 36 milhões * Duração: 18 meses (previsão) * Trecho: 5,6 km * Trânsito diário: 130 mil veículos