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A Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina) concedeu uma gratificação de dedicação integral, no valor de 13%, ao professor acusado de assédio sexual contra alunas da instituição.
Gratificação de 13% foi concedida ao professor da Udesc acusado de assédio sexual – Foto: RICTV Record/Reprodução/ND O ato consta na portaria nº 836, de 15 de dezembro, publicada no Diário
Oficial do Estado na última sexta-feira (18). A Udesc informou à reportagem que “apenas cumpriu o que é determinado pela legislação vigente”. PROFESSOR AFASTADO Paulino de Jesus Francisco
Cardoso é professor efetivo do departamento de História do Centro de Ciências Humanas e da Educação, em Florianópolis. Desde o dia 9 de dezembro, o docente está afastado do cargo por
determinação da comissão de processo administrativo disciplinar (PAD), instaurada pela Udesc no dia 9 de novembro. A comissão apura as denúncias contra o professor. O prazo de afastamento é
de 60 dias, sem prejuízo da remuneração, podendo ser prorrogado pelo mesmo período. A remuneração bruta do docente é de R$ 17.067,34 mensais. Cardoso permanecerá afastado do cargo até o fim
do processo que julga sua conduta no âmbito administrativo e que pode resultar na perda do cargo público. A previsão de conclusão é no início de janeiro. O ND+ tentou contato com a defesa de
Paulino de Jesus Francisco Cardoso, mas não obteve retorno até o fechamento da reportagem. Portaria nº 836 publicada no Diário Oficial do Estado – Foto: DOE/Divulgação/ND RELEMBRE O CASO Em
março de 2018, oito alunas da Udesc procuraram a delegacia para denunciar o professor que atuava no Departamento de História, por assédio sexual. Os abusos, segundo as vítimas, aconteceram
em um laboratório onde o docente coordenava um núcleo de estudos. E as investidas transcorriam durante orientações particulares em seu gabinete a portas fechadas.