Monja coen traz seus ensinamentos a florianópolis em evento neste sábado

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A voz tranquila e vivaz do outro lado da linha de telefone contrapõe com o padrão de vida acelerado, tenso, da maioria das pessoas. Não é possível ser de outra maneira? A Monja Coen Roshi,


missionária da tradição Soto Shu – Zen Budismo, é um exemplo materializado do ‘sim’. Ex-jornalista e ex-funcionária de banco, ela percorre o país em palestras para um mundo corporativo que


tem necessidade de pensar em paz pessoal, e chega a qualquer um via canal no YouTube, o Mova, que divulga seus ensinamentos. Ela estará em Florianópolis em dois eventos neste mês. Sua missão


transcende a de divulgar o zen budismo, fala de relações de trabalho, familiares, amorosas, do feminismo atual, enfim, do dia a dia. “As pessoas não estão em busca de espiritualidade, de


uma religião. Eu diria, que elas procuram a tranquilidade. Como eu lido com as emoções, como lido com as exigências das empresas, do sucesso, da pressão, da vida particular, do filho? Buda


já dizia que temos que conhecer a mente humana”, pontua. O FICOO (Festival Internacional da Cooperação), em que ela será conferencista, vem ao encontro do que ela mais defende. “Se nós não


cooperarmos, nós vamos desaparecer. Temos que ser uma equipe, de confiança mútua, igual ao futebol. Não tem mais o self made man”, argumenta, sobre a capacidade que o ser humano precisa mais


trabalhar: a de incluir. Afinada às discussões atuais, fala do feminismo, de como as mulheres ainda sofrem com a discriminação e preconceito e lembra o recente caso da reunião entre a


premiê britânicaTheresa May e a premiê escocesa Nicola Sturgeon, que um tabloide inglês em vez tratar do encontro, ressaltou as pernas das mulheres. “É a visão masculina que não consegue ver


que há equidade de inteligência e de habilidade”, enfatiza.  Para pensar nas relações de trabalho, recomenda um filme a que assistiu na Netflix na semana passada, quando ficou de cama com


um resfriado – sim, há Netflix e resfriados na vida monástica dela – “O Invasor Americano”, do diretor Michael Moore, que mostra um americano “invadindo” outros países para “roubar ideias”


de relações trabalhistas, de melhor educação, de tratamento de gênero. Na respiração está o seu maior ensinamento, a técnica é “chave de ouro”.  Sugere de que as pessoas cheguem em casa e se


silenciem antes de entrar nos afazeres domésticos. “Conheça esse equipamento, que você usa muito pouco, que é você. Corpo, mente e espírito, tudo é um só”, convida a monja, para a viagem


interior. Eventos na Capital A monja Coen participa neste sábado do evento Ritos de Despertar, que inclui cinco palestrantes abordando diferentes ritos de espiritualidade, em Jurerê. No dia


20 abril, ela é conferencista da abertura do FICOO na Universidade Federal de Santa Catarina. É a segunda edição do evento que vem a Florianópolis trazendo uma discussão presente em vários


países, com profissionais como Lala Deheinzeling (Economia Criativa), Terry Orlick (Jogos Cooperativos), Cláudio Thebas (Escuta, Improviso e Cooperação), entre outros. “Como contraponto à


prevalência da competição, refletimos uma outra sociedade, sem exploração do trabalho, que as pessoas ofereçam seus conhecimentos, que reconheçam o papel do outro”, enfatiza Cristiane Ker de


Melo, professora da UFSC de educação física, que atua na área de lazer, jogos e brinquedos, e intermediou a vinda do evento. SERVIÇO: O quê: Ritos de Despertar, Quando: 8/4, 14h às 22h


Onde: Hotel IL Campanario Villaggio Resort, av. dos Búzios, 1760, Jurerê, Florianópolis Quanto: R$ 450/ R$ 225 O quê: Festival Internacional da Cooperação – FICOO Quando: 20/4, 19h às 22h,


21/4, 9h às 20h30, 22/4, 9h às 21h, 23/4, 9h às 15h Onde:  UFSC, Campus Trindade, Florianópolis Quanto: R$543 para pessoa física e R$705 para pessoa jurídica (Mais informações: 


www.ficoo.org e www.facebook.com/ficoofestival/?fref=ts