“ah, como doía as chineladas a arder nas pernas nuas, pois ainda se usava calça curta”

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Dentista relembra e compara seus s tempos de infância com os de hoje.  Foto: Pixabay” Lembro-me ainda quando era criança. Não era medo, seria mais certo temor, talvez a certeza de receber o


castigo –  aquele dolorido puxão de orelha ao praticar algo “fora da regra”. Ah, como doía as chineladas a arder nas pernas nuas, pois ainda se usava calça curta. Aquele  “castigo” vejo-o


hoje diferentemente à época, pois irritado, julgava-o tirano. Foi assim, na verdade, era assim para com todos os garotos que infringiram as normas, ora por não ter chegado à hora certa em


casa, ou por denúncias de uma fruta roubada no vizinho. Assim foi – entre puxões e chineladas que percebi que se não dançasse o ritmo, era uma coisa ou outra – puxão ou chinelada. A cognição


começou a ser estabelecida no inconsciente que a vida tem uma baliza – um norte e que existem regras numa sociedade. O que nossos políticos fizeram naquele tempo? Banalizaram as regras e a


disciplina. A modernidade prende um pai/mãe que educa a moda antiga, pois hoje à criança tudo é permitido, até se insurgir sem qualquer admoestação. Acabo de ver, filmado, um bandido de 23


anos matar a queima roupa, com três tiros, um jovem estudante, que de joelhos suplicava pela vida. Ele, um destemido, pois da lei nada teme, já possui, livre, dez passagens na justiça por


roubo e assalto. Que lei está falando? Os presídios já foram autorizados a dispensar menores criminosos, pois nossos legisladores apiedam-se destas pobres crianças- passaram à vítimas. O


governador Rodrigo Garcia, comovido, estendeu seu pesar à família vitimada. Não se deseja, mas fossem eles, os políticos as vítimas, tais atrocidades nunca chegariam a acontecer. Não bastam


atitudes pontuais, pois o crime só pode ser combatido oferecendo melhores condições culturais e socioeconômicas que só se conseguirão em longo prazo”. Para Halla, resta-nos eleger homens


públicos que votem leis mais rigorosas que desestimulem o crime e a bandidagem.