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Bezerro de apenas seis meses teve a perna amputada após acidente e estudantes de veterinária se mobilizam para ajudar animal com prótese
Que cães e gatos costumam “pedir” carinho, não é novidade, mas você já viu um bezerro pedindo carinho? Pois o Ferdinando é do tipo que gosta de um carinho e tem recebido, e muito. Com apenas
seis meses de idade, o bezerro virou o “mascote” de estudantes de medicina veterinária em Joinville, no Norte de Santa Catarina. O nome, inclusive, não é coincidência e foi inspirado no
filme “O Touro Ferdinando”.
Da raça inglesa “Hereford”, Ferdinando se machucou em uma cerca logo após o nascimento e precisou ter uma das patas amputadas. Quando os alunos de veterinária conheceram o bezerro foi amor à
primeira vista. O desafio é conseguir uma prótese e ajudar a salvar a vida de Ferdinando.
A tecnologia é limitada para animais de grande porte e os próprios alunos tentaram um modelo com a ajuda de uma impressora 3D. Deu certo por um tempo, mas com o rápido desenvolvimento do
bezerro, a prótese já está curta e Ferdinando precisa de uma nova.
“Precisamos de parceiros que nos ajudem no sentido multidisciplinar de conhecimento, de profissionais que já trabalharam na área, principalmente que trabalhem com cirurgia e ortopedia de
grandes animais, além de empresas que trabalhem com desenvolvimento de prótese com o intuito de trabalhar com iniciação científica”, explica Karoline Vanelli, coordenadora do curso de
veterinária.
Ela conta, ainda, que os alunos já entraram em contato com duas empresas do Paraná para iniciar a troca de conhecimento.
Entre os desafios está conseguir material para a prótese, que precisa ser muito resistente, uma vez que na fase adulta, Ferdinando pode pesar até 600 kg. O peso, inclusive, já fez com que o
bezerro desenvolvesse uma fratura na pata dianteira.
Ferdinando recebe carinho de alunos e funcionários do campus – Vídeo: Divulgação/ND
“O Ferdinando é o símbolo, bato ponto para ver se ele está bem e estou sempre perguntando para eles e torcendo. Além disso, estou à disposição para me envolver no que puder ajudar”, fala
Thiago Meira, gestor do campus.
O bezerro já virou o mascote de todo o campus, revela Bruno Tironi, um dos estudantes que faz curativos e cuida da alimentação de Ferdinando. “Ele virou nosso mascote, estamos na torcida
para que tudo dê certo com ele”, fala.
Por causa do peso, Ferdinando já desenvolveu uma fratura na pata dianteira, mas por enquanto leva vida normal, sai para passear e pastar, recebe amor e carinho de funcionários da
instituição.