Sargento suspeito de assediar soldado criou grupo para atacá-la

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Uma petição protocolada pelo advogado da ex-soldado da Polícia Militar de São Paulo Jéssica Paulo do Nascimento, informa que o tenente-coronel Cássio Novaes, denunciado por assédio sexual e


ameaças de morte contra ela, criou um grupo no WhatsApp intitulado “Todos odeiam Jéssica”. Ao G1, Jéssia revelou que recebeu uma denúncia anônima sobre a existência do grupo na rede social,


do qual Cássio Novaes era o administrador. Jéssica teve acesso a prints das falas do grupo criado para atacá-la. “Eu senti medo. Mesmo pedindo exoneração por causa dele [sargento], o homem


criou um grupo para me humilhar, cujo título dizia que todos me odeiam. Porém, não é bem assim, porque tem pessoas lá dentro que me respeitam e me consideram, tanto que muitos saíram do


grupo indignados, e ainda recebi print de tudo. Espero que a justiça seja feita e que seja provado que esse homem é obcecado e vem me perseguindo”, disse a ex-militar. O advogado da vítima


argumentou que a petição tem a finalidade de provocar a instauração de um Inquérito Policial Militar para apurar as novas denúncias. As revelações iniciais já são investigadas pela


Corregedoria da PM paulista, em segredo de justiça. LEIA TAMBÉM > “A criação de um grupo fomentando ódio coloca veementemente em > risco a vida da ex-soldado e da sua família. Além das


 medidas > citadas, também foi requerido que, diante da gravidade dos fatos, > os autos do IPM que apura o crime de assédio sexual sejam remetidos > para a Justiça Militar com essa 


novas informações com urgência, > a fim de que o Ministério Público tome ciência dos fatos e, assim > querendo, se manifeste a respeito”, diz o documento. ENTENDA O CASO As investidas


contra a PM teriam começado em 2018, quando o tenente-coronel passou chefiar o batalhão em que ela trabalhava, na zona sul da capital paulista. A partir daí, a soldado, que é casada e mãe de


dois filhos, teria sido vítima de assédio. Após ter cortado as investidas do oficial para sair com ela, o superior estaria atuando para atrapalhar a vida da policial na corporação. A


situação fez com que ela tirasse um período de licença sem direito ao salário e se mudasse da capital paulista para o litoral.