Limitar supersalários pode poupar r$ 5 bi aos cofres públicos em 2025

feature-image

Play all audios:

Loading...

Uma das medidas estudadas pela equipe econômica dentro do pacote de revisão de gastos públicos, a limitação dos supersalários pode gerar economia de R$ 5 bilhões em 2025, segundo cálculos do


Centro de Liderança Pública (CLP). Essa economia poderia ajudar o país a estabilizar a dívida pública bruta, uma cobrança do mercado financeiro e que recentemente passou a ser admitida como


questão também pelo Ministério da Fazenda. A pesquisa usou dois dados: um do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua


(Pnad Contínua) de 2023 e 2024 – e outro elaborado pelo Ministério do Trabalho e Emprego – a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), neste caso de 2021, que contém números mais precisos


de efetivo e distribuição dos servidores. > Com base nesse dados, o CLP estimou que o gasto extrateto será de > R$ 4,4 bilhões em 2024 e de R$ 5,01 bilhões em 2025. Esses valores >


 consideram o nível de preços do segundo trimestre de 2024. O levantamento utilizou as tendências desses períodos, junto a uma aplicação das variações interanuais, esperando desaceleração


das contratações do setor público (em torno de 2,5% entre o segundo semestre de 2023 e o segundo semestre de 2024). PROJETO NO CONGRESSO O teto remuneratório do funcionalismo no país


atualmente está em R$ 41,6 mil mensais, que corresponde ao salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O Congresso debate justamente regulamentação do teto do funcionalismo. A


avaliação é que, além de promover economia, aborda questão de moralidade pública. LEIA TAMBÉM O projeto, que nasceu no Senado e foi alterado pela Câmara, voltou para análise dos senadores.


Defendido publicamente pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o texto lista quais tipos de pagamentos podem ficar fora do teto do funcionalismo público e é aplicado a servidores civis e


militares, magistratura e detentores de mandato. Na terça-feira (15/10), após reunião com Haddad, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, sinalizou que se junta ao coro de


Haddad e manifestou apoio à limitação dos supersalários. Questionada por jornalistas se os supersalários são um tipo de desperdício que deve entrar nesse corte estudado, a ministra


respondeu: “Salário acima do limite constitucional não é desperdício, é ilegal, inconstitucional e imoral”. > E emendou: “Se isso vai entrar agora, se vai entrar num segundo > momento,


 depende de uma conversa que nós estaremos tendo também > com o presidente, e depois o diálogo com o Congresso Nacional”. A ideia é enviar um pacote de medidas legislativas – algumas das


quais podem entrar em propostas já em tramitação no Congresso – logo após o segundo turno das Eleições Municipais, que ocorrerá em 27 de outubro. O governo pretende encaminhar essas medidas


para aprová-las ainda nos dois meses restantes de trabalhos legislativos deste ano ou, no mais tardar, no início do primeiro semestre de 2025.