Queda na arrecadação de junho se deve a fatores não recorrentes, diz claudemir malaquias


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O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, avaliou nesta terça-feira, 25, que a retração da arrecadação federal de junho se deve a fatores


não recorrentes. A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 180,475 bilhões em junho, uma queda real (descontada a inflação) de 3,37% na comparação com o resultado recorde


de junho do ano passado. Malaquias citou a arrecadação atípica de R$ 6 bilhões em IRPJ e CSLL em junho de 2022, que não se repetiu no mês passado. Segundo o coordenador de Previsão e Análise


da Receita Federal, Marcelo Gomide, essa arrecadação atípica do ano passado se deveu ao setor de exploração e refino de petróleo. “O preço internacional do barril de petróleo estava mais


alto e a taxa de câmbio também era maior”, acrescentou. Além disso, Malaquias citou que a Receita calcula uma renúncia de R$ 3 bilhões na arrecadação de PIS/Cofins sobre combustíveis em


junho, ante uma perda de R$ 1,7 bilhão com essa desoneração no sexto mês do ano passado. Por outro lado, o governo arrecadou esse ano R$ 1,4 bilhão com a taxação temporária da exportação de


petróleo bruto. “Considerando apenas as receitas administradas, houve uma queda real de 2,70% em junho. Desconsiderando esses fatores atípicos, a arrecadação teria uma alta real de 0,59% em


relação a junho de 2022”, completou Malaquias.