Portugal. Paul krugman afirma que "as coisas estão terríveis"

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Já ouvi falar em “economia diabética”? De acordo com o artigo de Paul Krugman, que está em Lisboa, ela existe. E para lançar o tema, num artigo que não podia ser mais pessimista, utiliza a


situação portuguesa. O artigo, publicado esta segunda-feira no The New York Times, fala sobre a recuperação económica da Europa e não podia ser mais pessimista. "As más notícias são que


oito anos depois do que era supostamente uma crise financeira temporária, a fraqueza económica prossegue, sem fim à vista. E é algo que deveria preocupar toda a gente, na Europa e não


só", pode ler-se no artigo, onde explica: “As coisas estão terríveis aqui em Portugal, mas não tão terríveis quanto estavam há um par de anos. A mesma coisa pode ser dita sobre a


economia europeia como um todo”. "No caso da Europa, a doença crónica é a fraqueza persistente nas despesas”, explica, acrescentando que "a insulina do dinheiro barato ajuda a


lutar contra essa fraqueza, ainda que não forneça a cura". De visita a Portugal, Krugman deixa mesmo um conselho: "Não é difícil de ver aquilo que a Europa deveria estar a fazer


para curar a sua doença crónica". Na opinião de Krugman, as principais economias deviam gastar mais, algo que acabaria por beneficiar as economias dos países periféricos como Portugal.


Mas, lamenta, “fazer a coisa certa parece estar politicamente fora de questão". Krugman afirma que que fragilidade crónica da economia europeia não tem fim à vista e que uma visita à


Europa faz qualquer americano sentir-se bem com o seu país.