Não é por falta de aviso

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As coisas andam mal como sempre, sempre confusas ou nebulosas, mas não é por falta de aviso. Talvez a solução seja inverter o sentido dos avisos. Basta ver o caso da grama nas calçadas e


praças. A sugestão, que não é de hoje: para resolver de vez o problema, trocar o alerta da placa –_ favor PISAR na grama_. E a grama cresceria livre, leve e solta. E por aí vai, ou vamos.


_Proibido carona_, _não fume_, _área escolar – reduza a velocidade_, _hospital – não buzine_ e tantos outros puxões de orelha, sem esquecer aquele, do tal do Paraíso, para evitar a maçã,


mais o _sorria, você está sendo filmado_, _do not disturb_, _saída de emergência_, _homens trabalhando a 50 metros_, _proibido pescar_, _área restrita_ (é a Casa Grande, por _supuesto_),


_cuidado – piso escorregadio_, _use a campainha_, _cartão só de débito_, _silêncio_, _cão brabo_, _travessia elevada a 50 metros_, _sem sinal_ (na TV)… Mas, embora afixado em espaço mínimo e


totalmente privado, impossível deixar de vê-lo, um aviso/pedido/apelo é historicamente o recordista em matéria de insucesso: _não jogue papel no vaso_. Resumindo, como já alertava Guimarães


Rosa, em _Grande Sertão: Veredas_, “viver é muito perigoso”. Ou, Lêdo Ivo, _Use a Passagem Subterrânea_. ENQUANTO ISSO…