Psdb insiste na chapa puro-sangue e tenta blindar serra

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Mesmo diante da resistência de setores do DEM de acatar um vice tucano para JOSÉ SERRA, o comando do PSDB quer insistir na tese da CHAPA PURO-SANGUE ao mesmo tempo que busca blindar o


candidato da crise com o principal aliado. Em São Paulo, o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), tinha encontro marcado ontem com a cúpula do DEM para tentar reverter a


crise, deflagrada desde que os tucanos definiram o nome do senador ALVARO DIAS (PR) para compor a chapa como vice de Serra, na semana passada. "Nós trabalharemos para confirmar nosso


candidato a vice. Isso é democrático e deve ser visto assim", afirmou Guerra. "Considero natural que o DEM tenha um ponto de vista diferente do nosso. Mas o que deve presidir o


nosso roteiro é a preocupação com a vitória de Serra." Pelo lado do DEM, que tem convenção marcada para amanhã, o presidente da legenda, deputado Rodrigo Maia (RJ), recebeu CARTA BRANCA


para negociar uma solução política para a crise na aliança com o PSDB. Maia obteve aval até para romper a coligação com o PSDB em torno de Serra se considerar necessário. Apesar disso,


dirigentes do partido reconhecem que seria pouco vantajoso para as duas legendas uma ruptura política. Guerra defende o diálogo entre os dois partidos para chegar a uma solução. "E


fazer a escolha sensata do ponto de vista político, administrativo e eleitoral. É sobre isso que devemos conversar." À noite, Guerra, o líder do PSDB na Câmara, João Almeida (BA), e o


senador Cícero Lucena (PB) estiveram reunidos na casa do prefeito de São Paulo, GILBERTO KASSAB, principal liderança do DEM no Estado. BLINDAGEM Enquanto Serra opera nos bastidores, com


telefonemas para a cúpula do DEM - e articulações principalmente com Kassab -, a CÚPULA DO PSDB foi a público dizer que o presidenciável tem se mantido afastado das articulações. O objetivo


é evitar que a discussão com setores do DEM respingue ainda mais em Serra. "A perpetuação da discussão é um risco muito forte para o equilíbrio das forças que representamos. Nossa


campanha precisa do DEM, assim como precisa do PSDB", ressaltou Guerra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. Veja também