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A uma semana e meia das eleições, integrantes da chapa encabeçada pelo PSDB no Paraná parecem não estar falando a mesma língua sobre a estratégia de comunicação a ser adotada. E um dos
candidatos ao Senado pela coligação, Ricardo Barros (PP), embora diga que não ter problemas de relacionamento na coligação, dá sinais de que a aliança com os tucanos só vale até 3 de outubro
num indicativo de que o partido, após a eleição, pode migrar para uma eventual base de Dilma Rousseff no Congresso, caso a petista seja eleita presidente. Barros disse ontem ter
discordado de uma proposta tucana de querer dar mais espaço ao candidato ao governo Beto Richa (PSDB) no horário eleitoral gratuito dos concorrentes a senador o próprio Barros e Gustavo
Fruet (PSDB). Segundo Barros, ele foi consultado pela campanha tucana se poderia ceder espaço em seu horário eleitoral para que Richa aparecesse pedindo votos para ele e Fruet. O pedido, no
entanto, foi negado pelo candidato do PP. "Não posso ceder esse espaço, porque estou muito bem na minha campanha. Não posso abrir mão da estrutura e do planejamento que tracei",
afirmou. "Então, comuniquei a eles que não concordava [com essa estratégia]." Barros também procurou explicar rumores de que ele teria dito que o PSDB poderia ter uma grata
surpresa na visita do presidente Lula (PT) a Maringá, amanhã, se insistisse em querer usar seu horário eleitoral. De acordo com ele, a declaração foi dada ao ser questionado sobre o que
faria se os tucanos o tirassem do horário eleitoral na televisão. "Posso até ter falado isso, mas a frase foi tirada do contexto. Tudo está normal e não tenho nenhum problema com a
campanha do Beto", afirmou. Amanhã, Lula estará em Maringá ao lado do prefeito Sílvio Barros (PP), irmão de Ricardo Barros, para cumprir agenda oficial da Presidência. Na cidade, Lula
visitará as obras de rebaixamento da via férrea e participará da inauguração das obras de reforma do Ginásio Chico Neto, que está fechado há dois anos e será reaberto no fim de semana para
uma partida de vôlei feminino entre as seleções do Brasil e Estados Unidos. Questionado se a divergência em torno da estratégia de campanha e a declaração em torno da visita do presidente
Lula a Maringá já significariam uma possível mudança de lado político, Barros afirmou que tudo continuará como está, ao menos até as eleições. "Na campanha, esse é o meu lado e não
estou cogitando mudar. Mas, nacionalmente, como o PP não se aliou a nenhum candidato, decidiremos depois a posição a ser tomada", disse Barros, abrindo a possibilidade de compor uma
possível base de Dilma no Congresso, embora tenha recebido nesta campanha o apoio do presidenciável tucano José Serra . Apesar de integrar a chapa do PSDB estadual nessas eleições, Barros
foi vice-líder do governo federal na Câmara Federal durante o segundo mandato do presidente Lula. A campanha de Richa por meio da assessoria de imprensa, negou veementemente haver qualquer
desentendimento dentro da chapa.