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Um decreto assinado pelo governador BETO RICHA (PSDB) e publicado na última segunda-feira (17) suspende, entre os meses de maio e agosto deste ano, nomeações temporárias de servidores para
substituir férias e ausências legais de outros funcionários. A medida, conforme o documento, foi tomada com base na necessidade de reduzir gastos com pessoal no governo do Paraná, já que
para assumir uma função vaga, mesmo que temporariamente, é necessário realizar pagamento complementar ao servidor. Entre janeiro e abril, o estado teve um déficit de R$ 100 milhões. Segundo
a Secretaria de Estado da Administração e da Previdência (SEAP), a suspensão das nomeações vai gerar uma economia de aproximadamente R$ 560 mil no período. A redução representa 0,1% do valor
total da folha de pagamento do estado, que tem fechado os últimos meses em aproximadamente R$ 1,3 bilhão, informou a secretária estadual da Administração e Previdência, DINORAH NOGARA. Para
ela, a medida não deve impactar muito os trabalhos dos servidores públicos, pois no período especificado pelo decreto poucas ausências por férias estão previstas. "A regra agora é que
não exista essa substituição, e se alguém sair de férias agora a função fica vaga. As estruturas podem seguir perfeitamente bem nesse tempo para fazer essa economia. Não é uma economia muito
significativa, mas toda economia que se faça é importante", disse. Para tentar entender o impacto da medida junto aos funcionários, a reportagem da Gazeta do Povo tentou falar com
coordenadores do Fórum das Entidades Sindicais do Paraná (FES), mas não conseguiu contato até as 19h55 desta quinta-feira (20). DIFICULDADE FINANCEIRA O governo do Paraná gastou mais do
arrecadou nos quatro primeiros meses de 2013, segundo dados divulgados no fim de maio. O déficit foi de R$ 100 milhões. No quadrimestre, o Executivo estadual arrecadou R$ 10,3 bilhões um
incremento de 13,8% em relação ao mesmo período de 2012. Ainda assim, as despesas gerais do governo subiram bem acima do acréscimo de receitas e totalizaram R$ 10,4 bilhões de janeiro a
abril. Um valor 20,6% maior do que no primeiro quadrimestre do ano passado. Com isso, o governo teve dificuldades paga pagar os servuidores públicos. O gasto de 47,68% das receitas com
pessoal ultrapassou o limite prudencial previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Por isso, o governo estava impedido de fazer novas contratações uma das restrições impostas pela
lei. "Nós não estamos nomeando mais ninguém, as promoções não estão mais sendo aceitas, novas admissões não estão sendo feitas", admitiu o secretário estadual da Casa Civil,
Reinhold Stephanes no fim de maio.