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A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar) divulgaram nota ontem em que se manifestam sobre a reportagem da Gazeta do Povo que
trata do caso da suposta compra de decisões no Tribunal de Justiça do Paraná investigado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A nota é assinada pelo presidente da AMB, Henrique Nelson
Calandra; e pelo presidente em exercício da Amapar, Frederico Mendes Júnior. No documento, as associações saem em defesa dos dois magistrados que são alvo de investigação do CNJ: o
presidente do Tribunal de Justiça, Clayton Camargo; e o ex-desembargador, Rafael Cassetari. O texto também faz críticas à publicação da notícia de que existe a investigação contra os dois.
"A Associação dos Magistrados Brasileiros e a Associação dos Magistrados do Paraná, ao tempo em que desagravam a honra dos desembargadores mencionados, repudia a nefasta
repercussão midiática dada a fatos apurados e em apuração nas esferas competentes, e que se mostram carentes de veracidade", afirmam as associações ao final da nota. JORNALISTAS Ontem,
o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor-PR) também divulgou nota sobre a reportagem da Gazeta do Povo. O alvo da nota do Sindijor é a forma como o presidente do TJ-PR
se respondeu ao repórter Euclides Lucas Garcia ao ser procurado para comentar o caso. "Vai fazer perguntas para a tua mãe. Não tenho que lhe dar entrevista nenhuma. Não falo com jornal,
principalmenre com esse teu jornal", afirmou Clayton ao ser procurado por telefone. Em nota, o sindicato diz repudiar o comportamento do desembargador. "O Sindicato dos
Jornalistas Profissionais do Paraná lamenta e repudia a atitude do presidente do TJ-PR, que com isso não reconhece a importância da imprensa como agente fiscalizador para a sociedade. É
papel da imprensa divulgar e apurar os fatos, garantindo com isso o direito do cidadão de ser informado. Por outro lado, cabe aos detentores de cargos públicos, como é o caso do presidente
do TJ-PR, dar transparência a seus atos e prestar contas de suas ações." _CNJ_CORREGEDOR NÃO SE PRONUNCIOU SOBRE INVESTIGAÇÃO O corregedor-nacional de Justiça, Francisco Falcão, foi
procurado ontem para falar sobre a correição que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) está fazendo no Judiciário paranaense e a investigação por suposta compra de decisões e tráfico de
influência que corre no CNJ contra dois desembargadores do estado. No entanto, Falcão não quis se pronunciar. O corregedor prometeu responder aos questionamentos hoje, numa coletiva de
imprensa. Falcão é o relator da ação que corre no CNJ contra o presidente do TJ-PR, Clayton Camargo, e o ex-desembargador Rafael Cassetari. _Esclarecimento_CAMARGO NÃO PROFERIA DECISÕES NA
ÉPOCA DOS FATOS INVESTIGADOS Diferentemente do que diz a reportagem de ontem da Gazeta do Povo, o presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, Clayton Camargo, não proferiu decisões
favoráveis no processo que está sendo investigado pelo CNJ. Na época em que ocorreu a suposta compra de sentença, o desembargador Camargo era presidente da 12ª Câmara Cível. Por esse motivo,
não poderia tomar decisões em processos que corressem no colegiado. Mesmo assim, Clayton é investigado pelo CNJ. O que consta na denúncia contra o presidente do TJ é que ele teria
influenciado o desembargador Rafael Cassetari a decidir em favor de uma das partes em troca de dinheiro. Segundo a denúncia, Clayton teria ficado com parte da propina de R$ 200 mil. Veja
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