“greve não vai cancelar o vestibular”, diz reitor

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O reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Zaki Akel Sobrinho, afirmou ontem que dificilmente o vestibular da UFPR será cancelado por causa da greve dos professores e servidores


técnico-administrativos das instituições federais de ensino superior. A informação desmente boatos de que o processo seletivo não ocorreria ou seria bastante prejudicado por causa das


reivindicações dessas duas categorias. "Em todos os anos em que tivemos greve, o vestibular nunca foi cancelado e, neste ano, há bastante prazo para que o processo seletivo transcorra,


mesmo que haja reposição das aulas neste segundo semestre, as aulas reiniciem mais tarde e invadam um pouco o calendário do ano que vem", explicou o reitor. "Eu entendo que esse


tipo de informação, sobre um suposto prejuízo ao vestibular, tenha sido colocada nos meios de comunicação como mais uma forma de pressão para a sociedade, para dar maior visibilidade ao


movimento, para sensibilizar a opinião pública", acrescentou. O reitor disse ainda que a UFPR apoia as reivindicações das categorias em greve, fato confirmado em uma moção divulgada


pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFPR. Ele reforça que a instituição continuará a preservar o direito de uso da universidade por toda a população, sem deixar de dar espaço às


manifestações dos grevistas. OCUPAÇÃO DA REITORIA Sobre a ocupação da Rei­­toria por um grupo do Co­­man­­do de Greve dos Es­­tu­­dan­­tes da UFPR, Akel disse que tenta criar um cenário que


permita a saída pacífica dos alunos, mas que não pode ceder a "atos de força". "Em algumas declarações, os estudantes disseram que a ocupação foi necessária porque a Reitoria


não estaria dialogando com os alunos, o que não é verdade. Estávamos em plena negociação com eles quando houve a ocupação e foi rompido o diálogo", reiterou. De acordo com ele, a


insti­­tuição só voltará a negociar a pauta específica dos alunos e reunir o Conselho Uni­versitário quando houver a desocupação do prédio. Segundo o reitor, com a ocupação dos alunos não é


possível fazer a tramitação de processos jurídicos e administrativos, há atraso de pagamentos de bolsas dos alunos, formandos sem becas, além de outros prejuízos. As reuniões de negociação


com os grevistas continuam. Agora, a UFPR discute com representantes de professores, servidores e alunos uma pauta unificada com pedidos das três categorias.