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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou para julgamento a ação que investiga a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) por porte ilegal de arma. A análise
ocorrerá no plenário virtual nos dias 21 a 28 de março. VEJA TAMBÉM: * Bolsonaro mobiliza apoiadores para atos “Fora Lula” e pela Anistia no dia 16/03 O processo é referente a um episódio
ocorrido em outubro de 2022, quando Zambelli perseguiu a mão armada um apoiador de Lula, em uma rua de São Paulo. A deputada se tornou ré, em agosto de 2023, após a maioria dos ministros
votarem a favor do recebimento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Kassio Nunes Marques e André Mendonça foram os únicos que manifestaram pela rejeição da
ação. Segundo Mendonça, não caberia ao STF analisar o caso. Para a vice-procuradora-geral Lindôra Araújo, a deputada não tinha autorização para usar a arma ostensivamente em público. Na
época do julgamento da denúncia, o relator do processo na Corte, ministro Gilmar Mendes, votou a favor alegando que há fatos concretos para receber a denúncia, como a comunicação do fato à
autoridade policial, vídeos da conduta, depoimentos, busca e apreensão de armas. A deputada foi alvo de três mandados de busca e apreensão em janeiro de 2023, que apreendeu três armas em
endereços dela em Brasília e em São Paulo. “Verifica-se a materialidade em relação à existência do evento, da arma [apreendida], com indicadores de realidade quanto ao porte ostensivo de
arma de fogo às vésperas das eleições, em situação vedada e de risco, com a perseguição e submissão da vítima à restrição espacial, isto é, do ponto de vista abstrato, os elementos
angariados são suficientes ao exercício da ação penal”, escreveu o ministro no voto. Mendes afirmou, ainda, que não cabe ao caso a alegação de que Carla Zambelli sacou a arma em público e
mirou contra uma pessoa por “legítima defesa da honra”. A deputada afirmou, à época, que havia sido agredida por um grupo de pessoas na saída de um restaurante no bairro dos Jardins, em São
Paulo. Em nota à GAZETA DO POVO, a deputada informou que está ciente do julgamento virtual e reiterou sua “confiança no Poder Judiciário assim como na “condução imparcial do processo”.
"Confio plenamente na Justiça e acredito que, ao serem esclarecidos todos os fatos — especialmente a ocorrência de um disparo anterior ao momento em que fiz uso de minha arma,
devidamente autorizada por porte federal —, ficará evidente minha inocência.”, diz Zambelli. VEJA TAMBÉM: