Autor de filme que provocou revolta está sob proteção

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O homem suspeito de produzir um filme de baixo orçamento que ridiculariza o profeta Maomé foi colocado sob proteção da polícia norte-americana depois de deflagrar uma violenta onda de


manifestações pelo mundo. Jornalistas passaram o dia ontem reunidos em frente da residência de Nakoula Bas­­seley Nakoula, nos arre­­dores de Los Angeles, depois de funcionários


norte-americanos o terem identificado como diretor do filme In­­nocence of Muslims (A Inocência dos Muçulmanos). Não havia sinais de movimento na casa de Nakoula, um cristão copta de 55 anos


que aparentemente colocou o trailer do filme no YouTube sob o pseudônimo de "Sam Bacile", mas a polícia informou que ele pediu proteção. Familiares recusavam-se a atender a


imprensa ontem. O pouco que se sabe sobre a vida de Nakoula é que ele foi condenado a um ano e nove meses de prisão em 2010 por fraude bancária. Ele foi considerado culpado de ter roubado


milhares de dólares por meio do uso de nomes falsos e números reais do serviço de seguro social para obter acesso a crédito bancário. Autoridades federais norte-americanas investigam a


possibilidade de Nakoula ter violado os termos de liberdade condicional, que proíbe o uso de computadores e da internet. Segundo uma fonte nos serviços de segurança dos EUA, o governo


norte-americano identificou Nakoula como o diretor do filme. Em entrevista concedida à Associated Press, Nakoula negou ser Sam Bacile. Existe a possibilidade de mais de uma pessoa usar o


mesmo pseudônimo. Ontem, um homem identificou-se à AP como Sam Bacile, disse ser um corretor de imóveis judeu israelense e assumiu a responsabilidade pelo filme. Mas crescentes evidências


mostram que ele não existe, a começar pelo fato de Israel não ter localizado registro de nenhum cidadão com esse nome. No filme, Maomé, profeta dos muçulmanos, é caracterizado como um


mulherengo indolente, promíscuo e conivente com o abuso de crianças. Atores amadores proferem insultos disfarçados de revelações sobre Maomé em diálogos engessados, enquanto os seguidores do


profeta são mostrados como um bando de idiotas. Veja também