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O chanceler Celso Amorim (foto) afirmou ontem que não compreende o ceticismo da comunidade internacional e, principalmente, do governo americano, em relação ao acordo nuclear firmado entre
Brasil, Turquia e Irã. Amorim irá enviar uma carta, redigida a quatro mãos com o premiê turco, Recep Tayyip Erdogan, aos membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas, defendendo o
acordo. Na mensagem, os dois países irão justificar que todos os pontos considerados essenciais foram acatados pelo Irã no acordo firmado na segunda-feira, nos moldes de tentativas
anteriores de negociações. "Não estamos irritados com o ceticismo dos Estados Unidos. O acordo é o acordo que eles [os países do Conselho de Segurança mais Alemanha] propuseram. As
dificuldades eram sempre essas. Todas as dificuldades foram resolvidas, disse o chanceler. Segundo Amorim, são três os requisitos conquistados pelo acordo que atestam a sua validade: a
quantidade da remessa de urânio foi definida; o Irã não exigiu o recebimento prévio ou simultâneo do urânio enriquecido; e a comunicação oficial à Agência Internacional de Energia Atômica
(AIEA) dos compromissos assumidos será feita em prazo curto de sete dias. "É a primeira vez que o Irã aceita, por escrito, uma proposta, sem condicionantes. O acordo firmado determina
que o Irã envie 1.200 quilos de seu urânio enriquecido a 3,5% à Turquia em troca de 120 quilos de urânio enriquecido a 20% na Rússia ou França. A substância enriquecida seria devolvida ao
Irã no prazo de um ano. "Todos esses pontos aprovados foram considerados importantes pelos países que estão desenvolvendo a resolução, insistiu Amorim em entrevista no Itamaraty, logo
após chegar de viagem de Madri. O ministro se mostrou receoso, contudo, de o Irã ficar melindrado com a resolução formulada pelos EUA e retroceder no acordo. Veja também