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O Conselho Federal de Psicologia (CFP) aprovou uma nova resolução que regulamenta a forma como a categoria deve atuar no atendimento a travestis e transexuais. A medida é tomada em meio à
polêmica que cerca a iniciativa de psicólogos para derrubar, na Justiça, a resolução 01/1999 do CFP que proíbe os profissionais da área de oferecerem atendimento para pessoas que desejem
algum tratamento de reorientação sexual. A norma só entrará em vigor após ser publicada no Diário Oficial da União o que deve ocorrer apenas em janeiro. As informações são da AGÊNCIA
BRASIL. LEIA TAMBÉM: Justiça libera psicólogos a atender casos de reorientação sexual; leia a decisão Aprovada neste domingo (17), a decisão orienta os psicólogos e psicólogas de todo o país
a não tratar a travestilidade e a transexualidade como uma doença ou anomalia. A decisão ocorreu dois dias após sentença da 14ª Vara Federal de Brasília, que tornou definitiva a decisão
liminar (provisória) autorizando psicólogos a atenderem pacientes chamados egodistônicos (que não aceitam sua condição homossexual). Em sua decisão, o juiz Waldemar Cláudio de Carvalho
também manteve a garantia para que os psicólogos realizem estudos sobre transtornos psicológicos e comportamentais ligados à orientação sexual. O conselheiro secretário do CFP, Pedro Paulo
Bicalho, garantiu que o conselho vai recorrer da decisão judicial que autoriza o atendimento de homossexuais interessados em terapia de reorientação sexual. "Essa sentença será
questionada, pois, para nós, é um grande equívoco. O conselho jamais negou ou quis negar a qualquer psicólogo a possibilidade de oferecer ajuda a quem quer que seja. O que não podemos
admitir é que um eventual pedido de ajuda seja interpretado e tratado como um pedido de reorientação sexual por parte de homossexuais, travestis ou transexuais. É preciso compreender que por
trás deste pedido há todo um contexto e um processo de violência no qual esta pessoa está inserida e que pode produzir um desejo de reorientação que precisa ser melhor elaborado." LEIA
TAMBÉM: Sou uma pediatra. Isso é o que fiz quando um paciente me disse que ele era uma menina A nova resolução impedirá "o uso de instrumentos ou técnicas psicológicas para criar,
manter ou reforçar preconceitos, estigmas, estereótipos ou discriminação" contra transexuais e travestis, proibindo os profissionais da área de "propor, realizar ou colaborar com
eventos ou serviços que busquem terapias conversivas, reversivas, de readequação ou de reorientação de gênero", bem como de participar de "eventos ou serviços que contribuam para o
desenvolvimento de culturas institucionais discriminatórias".