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A ascensão do Marechal Cândido Rondon e o recomeço do São Miguel estarão à prova na decisão da Chave Ouro do futsal paranaense. As equipes se classificaram essa semana para a final,
marcada para hoje, mas adiada a pedido ambas para os dias 21, 28 e 30 se necessária a disputa do terceiro jogo. Mais tempo para o time de Rondon planejar o bloqueio ao segundo melhor
ataque do Estadual, com 88 gols na primeira fase, e para o Amarelinho descobrir como ultrapassar a barreira da defesa menos vazada, com apenas 45 gols sofridos da etapa classificatória.
Uns dias a mais também para as torcidas curtirem a chance de disputar o título. Apesar da estreia na Liga Nacional 2009, na qual ficou em 6.º lugar, o Estadual foi desde o início a meta do
Rondon. Campeão na Bronze (2002), na Prata (2004) e assíduo frequentador dos pódios nos Jogos Abertos locais e nacionais, a equipe agora quer a Ouro. "O diferencial do nosso time foi o
planejamento. Começou com a ousadia do nosso presidente (Adolir Weber), depois veio a parceria com a prefeitura, a busca de vários patrocinadores e a contratação do técnico Marquinhos
Xavier, que ajudou a formar o elenco. Com tudo isso e a ótima estrutura garantimos a melhor campanha", explicou o supervisor José Eduardo Santana. Uma realidade oposta ao outro
finalista. Potência no início da década com três títulos estaduais (1999, 2000 e 2002), o São Miguel entrou em decadência em 2004 por causa de disputas políticas no município. "Houve
muito problema porque algumas gestões não concordavam com o investimento no futsal. Entregamos o time em 2004 no auge e pegamos no zero esse ano", explicou o supervisor Edson Amador. A
equipe terminou em terceiro em 2008 e garantiu participação graças à desistência do Marreco Futsal. "A montagem do time foi às pressas, a torcida ficou um pouco receosa no início e
enfrentamos muitas dificuldades. Por isso chegar aqui é muito especial", traduziu Henrique, capitão e artilheiro com 25 gols. Ele comemorou bastante o adiamento da partida. Terá um
prazo maior para se recuperar da fratura no braço esquerdo sofrida no primeiro jogo da semifinal contra o Cascavel. "Foi em um lance com o Aladim, ele chutou sem querer. Tirei o gesso
para a última partida e joguei com dor. Agora farei fisioterapia para estar bem nas finais", explicou pernambucano de 31 anos. Em Rondon, o destaque é um dos atletas mais jovens. O ala
Gadeia, cujo apelido honrava uma cabeleira assumidamente descuidada na adolescência, é como o coração da equipe. "Ele é muito tranquilo fora de quadra e se transforma no jogo. Mexe com
os jogadores, chama a torcida, comemora os gols como se fosse um gladiador. O perfil da nossa equipe é muito tranquilo e essa vibração dele foi imprescindível", elogiou o técnico
Marquinhos Xavier. "Quem me vê fora do jogo nem me reconhece", diverte-se o catarinense de São Lourenço do Oeste. Aos 21 anos, Gadeia atribui à união da equipe o êxito até agora e
o trunfo para a decisão. Veja também