Eduardo De Rose

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O FATO DE O JAYME NETTO (TÉCNICO DA REDE ATLETISMO) ASSUMIR A RESPONSABILIDADE PELO DOPING PODE SER UMA ESTRATÉGIA PARA DIMINUIR A PUNIÇÃO DELES? Não posso dizer se foi essa a intenção. Mas


ele assumir a culpa não exime em nada o atleta, a quem cabe a responsabilidade pela ingestão – consciente ou não – de substâncias proibidas. COMO O SENHOR AVALIA A INICIATIVA DA CONFEDERAÇÃO


BRASILEIRA DE ATLETISMO (CBAT) EM APLICAR O EXAME SURPRESA? Internacionalmente, é uma ação que repercute bem, mostra que o Brasil é capaz de controlar o doping. Os testes surpresa são


usados desde 1988, são parte integrante do sistema antidoping. A tendência é que sejam cada vez mais comuns. OS MÉTODOS DO ANTIDOPING ATUAIS TÊM EVOLUÍDO NA MESMA PROPORÇÃO QUE OS AVANÇOS DA


DOPAGEM? A IMPRESSÃO É A DE ESTAR SEMPRE UM PASSO ATRÁS... O principal problema desse passo é o tamanho dele. Quando começamos a fazer o controle, em 1973, o passo atrás era de 25 anos.


Melhorou muito. Hoje, o passo é de apenas três semanas. A MAIOR INCIDÊNCIA DE EXAMES POSITIVOS PARA O DOPING É NO CICLISMO. É O ESPORTE EM QUE MAIS SE TENTA VENCER DE MODO ILÍCITO OU OS


NÚMEROS SÃO RESULTADO DE UMA FISCALIZAÇÃO MAIS INTENSA? É um esporte em que as equipes são muito profissionalizadas, uma vitória garante muito dinheiro. Em provas de longa distância, como o


Tour de France, o uso de produtos que aumentam a resistência do atleta dão resultado, por isso tantos casos de doping. A FISCALIZAÇÃO NO FUTEBOL É EFICIENTE? Ano passado, no Brasil, foram


feitos 5 mil exames. Destes, 4 mil são do futebol, o que mostra que o esporte é muito bem controlado. O DISCURSO CONTRA O DOPING É POSTO EM PRÁTICA PELA MAIORIA DOS ATLETAS? O número de quem


usa não chega a 3%. O próprio atleta é contra o doping. Em esportes controlados por eles mesmos, como o tênis, que tem a ATP (Associação de Tênis Profissional), o controle é muito rígido


porque eles querem isso. (AB) Veja também