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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu na terça-feira (12) uma reforma do código tributário do país, objetivo compartilhado por seus rivais republicanos, mas a tentativa de
mexer nos benefícios fiscais concedidos a norte-americanos mais ricos e a empresas enfrenta dificuldades conhecidas no Congresso. A redução das taxas fiscais corporativas, simplificando o
código de deduções, e a tentativa de fazer com que os mais ricos paguem mais impostos estão entre as propostas familiares apresentadas por Obama em seu discurso anual ao Congresso Estado da
União, na noite de terça-feira. "Agora é a nossa melhor chance para uma reforma tributária abrangente e bipartidária que encoraje a criação de empregos e ajude a reduzir o
déficit", disse Obama. As ideias refletem amplamente aquelas apresentadas em seu discurso há um ano. Desde então, Obama foi reeleito após fazer campanha sobre o que chamou de justiça
fiscal, enquanto os republicanos perderam assentos no Congresso. Mas mesmo os defensores de Obama dizem enfrentar um duro caminho no curto prazo. "(...) É difícil imaginar os
republicanos dando apoio a muitas ou algumas dessas cláusulas", disse Jim Manley, ex-conselheiro do líder democrata no Senado, Harry Reid. AUMENTO DO SALÁRIO MÍNIMO E INVESTIMENTOS EM
INFRAESTRUTURA No discurso, Obama propôs ainda um aumento do salário mínimo em mais de 20%, investir US$ 50 bilhões em estradas e rodovias antigas e gastar 15 bilhões de dólares em programas
de emprego na construção civil, na tentativa de incentivar o crescimento econômico do país. Ele pediu ao Congresso apoio a seus planos, que incluem também uma reforma na educação, que o
governo acredita que ajudarão a atrair empresas de volta aos Estados Unidos. O custo completo do programa seria compensado por cortes de gastos e reformas tributárias que serão detalhados na
proposta orçamentária do governo nas próximas semanas, disseram autoridades do governo a repórteres após o discurso. O aumento do salário mínimo aumentaria os ganhos de 15 milhões de
norte-americanos e seria feito em etapas, disseram as autoridades, garantindo que diversos executivos de importantes companhias apoiam a medida. PACTO DE LIVRE COMÉRCIO ENTRE EUA E UNIÃO
EUROPEIA Obama aproveitou o discurso para pedir negociações para um acordo amplo de livre comércio com as 27 nações que compõem a União Europeia, emprestando seu peso político a uma proposta
que envolveria metade da produção econômica do planeta. "Esta noite estou anunciado que iniciaremos discussões sobre uma Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento com a União
Europeia porque comércio livre e justo através do Atlântico daria suporte a milhões de empregos americanos com bons salários", disse Obama. Os Estados Unidos e a União Europeia já têm a
maior relação econômica do mundo, e uma das mais complicadas. Um pacto uniria os EUA, a maior economia global, com outros quatro países que figuram entre os dez mais ricos: Alemanha,
França, Grã-Bretanha e Itália. Encarando crescimento econômico lento em ambos os lados do Atlântico e uma crescente competição com a China e outras economias emergentes, os aliados de longa
data começaram, no fim de 2011, a buscar maneiras de incrementar as relações existentes. Na semana passada, líderes da UE apoiaram as negociações comerciais com os EUA, colocando o assunto
no topo da lista de prioridades em uma agenda que inclui conversas com o Canadá e o Japão. O comércio bilateral de bens entre EUA e UE soma atualmente mais de US$ 600 bilhões anuais.
Companhias norte-americanas investiram cerca de US$ 1,9 trilhão em produção, distribuição e outras operações na União Europeia, muito mais do que na China ou qualquer outro lugar do mundo.
Companhias da UE investiram cerca de US$ 1,6 trilhão nos EUA. Uma vez que muitas das tarifas entre EUA e EU já são baixas, reduzir as barreiras regulatórias ao comércio em áreas como a
agricultura e produtos químicos deve se tornar um dos aspectos mais desafiadores da negociação. Veja também